Segunda à Sexta
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SEDUFSM
Rua André Marques, 665
Centro, Santa Maria - RS
97010-041
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07/02/2019 07/02/2019 23h11 | A+ A- | 183 visualizações
Protesto contra o 'Escola sem Partido' na Câmara de Vereadores de Santa Maria, em dezembro
Quando, há quase 30 anos, uma centena de professores/as, reunidos no auditório da então Reitoria da UFSM, decidiu fundar a Sedufsm, um princípio unia a todos/as: a defesa intransigente dos direitos da categoria. Direitos relativos a condições de trabalho e de remuneração dignas, mas também concernentes à autonomia e liberdade de cátedra. Afinal, um/a professor/a submetido a quaisquer tipos de constrangimentos em sua atividade laboral é um/a professor/a cuja tarefa de construir o conhecimento está sob ameaça.
Ainda que imerso em um sistema educacional marcado pelo ‘conteudismo’ e hierarquia, não há professor/a que não construa conhecimento. Porque construir é dialogar, criticar, propor e ressignificar, lançando novos olhares sobre o passado e descortinando o futuro a partir das contribuições daqueles/as que nos precederam. Ou seja, todo/a educador/a carrega, dentro de si, a inquietude própria de quem não se restringe a transmitir o que já foi construído, mas busca lançar novas perspectivas e indagações.
Ocorre que os dias não têm sido muito fáceis para nós, educadores/as. Recentemente, a professora do departamento de Ciências Sociais da UFSM, Rosana Pinheiro-Machado, foi alvo de denúncias pelo simples fato de ter citado Paulo Freire em seus textos. Em sua conta na rede social Twitter, ela diz que já teve de dar aulas com a presença da guarda universitária (não na UFSM).
Perguntamo-nos: quando é que naturalizamos a violência simbólica (e, por vezes, física) contra nossos/as professores/as? A partir de que momento começamos a achar aceitável um/a professor/a ter de pedir proteção policial para entrar em sala de aula? O que nosso país ganha ao silenciar esses sujeitos?
Não ganhamos nada. Ao contrário, perdemos imensamente, pois um povo que amordaça seus/as professores/as é um povo que ainda não entendeu a imensidão do conhecimento. Não entendeu que a tarefa de um/a professor/a é formar cidadãos e cidadãs em plenitude, cientes de seus direitos e deveres, valorizados em suas potencialidades e, principalmente, detentores da mesma inquietude de seus/as mestres. Inquietude responsável por movimentar a existência e reconstruir, diariamente, nossas certezas e angústias.
Passadas quase três décadas, a Sedufsm continua firme no princípio que uniu aqueles/as professores/as no final dos anos 1980: a defesa da categoria. Desta forma, colocamo-nos enfaticamente contra o projeto Escola sem Partido, bem como a outras tentativas de intimidação e cerceamento da liberdade de cátedra. Tal contrariedade foi reforçada por decisões advindas do 38º Congresso do ANDES-SN, realizado de 28 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019, em Belém (PA), do qual participaram quase 600 docentes.
Por fim, a Sedufsm coloca sua Assessoria Jurídica à disposição de todos/as os/as professores/as que se sentirem coagidos em sua atividade docente, seja dentro ou fora dos muros da universidade. Não toleramos qualquer perseguição e responderemos, com firmeza, a todas as tentativas de sujeição impostas pelos governos federal, estaduais e municipais.
**Os plantões jurídicos ocorrem às terças-feiras, das 9h às 12h, na sede do sindicato (Rua André Marques, 665). Mas, em qualquer dia da semana, é possível entrar em contato com a Sedufsm através do email sedufsm@terra.com.br ou nos telefones (55) 3222-5765/3222-1788.
Foto: Bruna Homrich
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