‘D Docente’ veicula entrevista sobre Copa e política
Publicada em
12/06/14 16h11m
Atualizada em
12/06/14 16h13m
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Depoimento de Billy Graeff vai ao ar nesta sexta, 13 de junho, às 19h, na TV Santa Maria, canal 19
Caso o Brasil não seja campeão mundial, na Copa que está iniciando nesta quinta, 12 de junho, o governo comandado pela presidente Dilma Rousseff poderá ter sua imagem bastante abalada. A avaliação é de Billy Graeff, professor de Educação Física da Universidade Federal de Rio Grande (Furg), e que estuda os efeitos dos megaeventos sobre as cidades em seu doutorado, na Universidade de Loughborough, na Inglaterra. A análise foi feita em entrevista ao programa ‘D Docente’, da Sedufsm, que vai ao ar nesta sexta, 13 de junho, às 19h, na TV Santa Maria, canal 19. Abaixo destacamos dois pequenos trechos da entrevista que poderá ser conferida integralmente no canal 19.
A Copa nas eleições
No Brasil, está se descobrindo, aos poucos, como se faz uma Copa do Mundo. Que o evento tem implicação na área da saúde da educação, da segurança pública, e que essas consequências têm sido danosas para a população, com gastos muito altos, nós descobrimos que a Fifa fica com todo o lucro. Então, mais que o resultado dentro do campo, a existência do acontecimento em si vai trazer efeitos prejudiciais à imagem do governo federal, que se atrelou à Copa de 2007 quando foi enviada a proposta pela CBF. Então, se o Brasil não ganhar a Copa, talvez possa ser uma catástrofe para o governo, o que não significa que será necessariamente determinante no resultado eleitoral.
Influência da Fifa
A Federação Internacional de Futebol (Fifa) tem como principal fonte de recursos a Copa do Mundo, então, é do interesse da entidade que o evento seja feito de determinada maneira. Nós poderíamos dizer, por exemplo, vamos fazer a Copa do Mundo, mas as delegações vão ficar em alojadas em escolas, como ocorre com os outros esportes amadores, mas não pode ser assim. A Fifa tem um conjunto de parceiros privilegiados, e nessa volta que os megaeventos estão fazendo em países subdesenvolvidos, esses parceiros têm sido mais que privilegiados, sobretudo a construção civil. Não por acaso, a construção civil doou 75% dos recursos da campanha da presidente Dilma, interessados nesses tipos de contratos que ocorreram para o período da Copa.
Outros temas
O ‘D Docente’ também traz uma reportagem sobre a reunião que aconteceu na última terça, 10 de junho, em que o reitor da UFSM, Paulo Burmann, discutiu com servidores técnico-administrativos e entidades representativas das entidades sobre o futuro da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), garantindo que os funcionários que hoje atendem no Hospital Universitário não serão cedidos oficialmente, continuarão lotados na UFSM.
A reunião do setor das federais do ANDES-SN, na qual foi rejeitado o indicativo de greve para o mês de junho, também será pauta do programa, que terá o depoimento da vice-presidente da Sedufsm, Suze Scalcon, que esteve em Brasília. O ‘D Docente’ traz ainda o comentário de Humberto Gabbi Zanatta, professor e diretor da Sedufsm.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm