Delegados da Sedufsm avaliam 34º Congresso do ANDES-SN SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 05/03/15 13h49m
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Evento reuniu mais de 400 professores, em Brasília, entre 23 e 28 de fevereiro

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Delegação da Sedufsm no 34º Congresso

O 34º Congresso do ANDES-SN encerrou na madrugada de domingo, 1º de março, depois de quase uma semana de debates, com a participação de mais de 400 professores de todo o país. A Sedufsm esteve representada por sete professores, que foram referendados em assembleia. Confira as opiniões sobre as deliberações do evento:

Adriano Figueiró, presidente da Sedufsm, professor do departamento de Geociências.

“O Congresso apontou, de forma acertada, para os principais desafios que se colocam para o ano de 2015, e o fez sinalizando que os problemas da categoria não podem se fechar na busca exclusiva por um novo plano de carreira, mas que devemos incorporar à luta pela carreira uma defesa mais ampla da universidade e do serviço público em geral. Quando nos atemos apenas às lutas exclusivas, colaboramos para o divisionismo da classe trabalhadora e isso fortalece o governo no processo de desmobilização dos movimentos com negociações em separado. Assim, penso que foi extremamente importante que tenhamos saído do Congresso com um plano de lutas que, para além da agenda específica, muito particularmente focada na carreira, coloca-se pari passu com as demandas mais amplas dos servidores federais, como a revogação nas MPs 664 e 665, o combate à EBSERH e FUNPRESP, a reposição das perdas, dentre outras. Além disso, penso que foi uma grande conquista também termos avançado em algumas decisões que nosso sindicato, por ser um sindicato classista e comprometido com um projeto de transformação da sociedade, já deveria ter se posicionado há muito tempo, como foi a questão da luta pela descriminalização do aborto. Saímos do congresso mais fortalecidos, mais sintonizados com as lutas contemporâneas da sociedade e com uma agenda de discussão e mobilização para construirmos um movimento forte e unificado.”

Maria Celeste Landerdahl, diretora da Sedufsm, professora do departamento de Enfermagem.

“Participar do Congresso do ANDES-SN foi um grande aprendizado. Consegui dimensionar bem a abrangência de nossas lutas quando foi abordado o eixo sobre políticas sociais. As propostas tiradas dali mostraram o envolvimento e compromisso social do ANDES-SN, não só com a categoria docente, mas com segmentos vulneráveis da sociedade, como as comunidades tradicionais, negros, mulheres, crianças. Acho que foi muito prudente não tomarmos nenhuma decisão sobre greve, embora tenhamos motivos suficientes para fazê-la. Concordo que a discussão deve iniciar nas bases sindicais, até chegar no ANDES-SN. Isso pode estimular o protagonismo de colegas, postura que se faz tão necessária atualmente. Posso afirmar, também, que foi a primeira vez que participei de um congresso tão extenso e cansativo, talvez porque o exercício da democracia esteve presente, exaustivamente, durante todos os dias. E exercitar a democracia é uma tarefa muito árdua, trabalhosa e que exige paciência e respeito dos envolvidos.”

Luciano Miranda, Departamento de Ciências da Comunicação - Campus Frederico Westphalen.

“O 34º Congresso do ANDES-SN desempenhou um significativo papel no fortalecimento da unidade docente. Isso tendo em conta fundamentalmente dois eixos: a consolidação, por um lado, do plano de mobilização, que reforça o entendimento sobre a conjuntura na qual nossos rendimentos se deterioraram, aprofunda-se a precarização das condições de trabalho e a autonomia universitária é atacada, o que contribui à mercantilização da educação. Por outro, a constatação de que essa realidade, verificada em todo país, é diversificada e heterogênea, ou seja, o debate em torno das experiências de colegas atuantes em todo Brasil qualifica, na medida em que agrega valor político-cultural, nossa caracterização do que pode vir a ser a organização do movimento em nível local.”

Getúlio Lemos, diretor da Sedufsm, professor aposentado.

“Em primeiro lugar, destaco a união de todos os servidores públicos federais porque até agora o governo vinha jogando com propostas diferenciadas para cada setor, provocando a divisão dos servidores em geral. Essa já é uma proposta que iniciou há bastante tempo, mas ainda carece de se tornar um ato transitivo das categorias em si, pois observamos que no ato público que marcou o lançamento da Campanha Salarial Unificada dos SPF, os docentes formaram ampla maioria junto da representação pequena de outros sindicatos de servidores federais.

Em segundo lugar, sobre os textos (TRs) remetidos para debates e decisões, observamos que o nível das discussões teve um padrão elevado, preponderando sempre o conhecimento e a gentileza entre os debatedores. Em momento algum foi observado algum descontrole emocional nas ponderações de quem perdia ou ganhava nas votações. Destaco, ainda, o surgimento de propostas de alteração da estrutura organizativa do sindicato nacional ANDES que embora não exitosas oportunizaram um debate diferenciado. Ao concluir os trabalhos do congresso percebi que todos  (maioria e minorias) estavam contentes e satisfeitos.

Rondon de Castro, conselheiro da Sedufsm, professor do departamento de Ciências da Comunicação.

“O Congresso cumpriu seu papel de preparar a categoria para o próximo período. Pelo voto democrático, a análise da conjuntura nos confirmou o que já sabíamos: mais ataques virão sobre as universidades. Os delegados tiveram a sobriedade para acertar os passos, para a luta da categoria e do serviço público federal, na construção da greve do segmento. Não esqueçamos que o governo intensificou os ataques aos trabalhadores e demonstrou a intenção de jogar a fatura para os que menos têm.”

Marcelo Pustilnik Vieira, conselheiro da Sedufsm, professor do departamento de Fundamentos da Educação.

“Gostei muito do Congresso. A nova metodologia (certamente que necessita de ajustes) proporcionou melhora significativa nos debates da plenária e na redução da jornada, que era exaustiva. Os pontos fortes no meu entender foram: 1) Aprovação da bandeira da descriminalização do aborto, com falas altamente qualificadas e embasadas; 2) Aprovação da bandeira a favor da descriminalização das drogas; 3) Apoio aos indígenas; 4) Contra o genocídio da juventude negra. Eu havia proposto no GT que participei um tema na TR que foi aprovada no GT por unanimidade e que na plenária passou com facilidade, sem discussão. É sobre os critérios ‘Qualis’ da Capes e o quanto isso tem prejudicado a qualidade de vida dos professores, provocando assédio moral entre colegas, precarização do trabalho docente, além de prejudicar a pesquisa por causa de um produtivismo vazio. Apesar de algumas análises conjunturais que considerei empobrecidas de leitura, no geral os debates se deram em alto nível e com menos patrolamento da diretoria. Um bom congresso.”

Adriana Zecca, conselheira da Sedufsm, professora do departamento de Ciências Agrárias e Ambientais (UFSM- Campus de Frederico Westphalen).

"A minha impressão é positiva, mesmo que exaustivo valeu muito a pena a experiencia, riquíssima em matéria de discussão de assuntos que fazem parte do nosso dia a dia, entretanto não temos um espaço para o debate político, a experiencia de trocar vivências com professores de todo o Brasil é sempre uma oportunidade para aprender."

Edição: Fritz R. Nunes

Foto: Bruna Homrich

Assessoria de imprensa da Sedufsm

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