Congresso Estatuinte finaliza regimento interno Publicada em
Atualizada em 25/10/16 15h33m
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Próxima reunião será para eleger a nova mesa diretora

Os delegados do Congresso Estatuinte da UFSM encerraram na tarde desta segunda, 24, o regimento interno, que norteará todas as reuniões daqui por diante. A sessão desta segunda complementou a que tinha ocorrida na sexta, 21, e que se fixou bastante em cima dos eixos com os temas que embasarão a elaboração do novo estatuto. No encontro de sexta participaram 114 delegados e delegadas, e na desta segunda, estiveram presentes 89.

O próximo encontro ficou marcado para terça, 1º de novembro, no turno da tarde, em local que ainda será divulgado. A pauta da reunião será a eleição da mesa diretora definitiva dos trabalhos. A mesa que atuou desde a posse dos delegados, em 21 de setembro, foi eleita para mandato temporário, ou seja, apenas durante a discussão e aprovação do regimento interno.

Durante os debates tanto de sexta como de segunda, um tema, ou melhor, uma palavra, mobilizou as discussões. Havia um grupo que defendia que no eixo intitulado “Ensino, pesquisa e extensão” fosse acrescentada a palavra inovação. Um dos principais defensores dessa ideia foi o delegado que também é diretor do Centro de Tecnologia, professor Luciano Schuch. Ainda na sexta, a proposta de incluir o termo ‘inovação’ foi rejeitada por ampla maioria: 73 votos contra 33. No entanto, ainda na sexta, Schuch apresentou uma proposta de “destaque”, que voltou a incluir a palavra no eixo.

Na tarde de segunda, a inclusão de ‘inovação’ gerou um grande número de intervenções antes que a proposta fosse votada. Luciano Schuch voltou a argumentar que a colocação do termo ‘inovação’ estaria em consonância com a Lei de Inovação e com a Plano Nacional de Educação. Segundo ele, ao prever a expressão no Estatuto da UFSM se estaria saindo da “mesmice”.

Alguns dos delegados que se manifestaram contra a inclusão da palavra junto ao eixo “ensino, pesquisa e extensão”, como por exemplo, o professor Gihad Mohamad, alegaram que a inovação é uma prática transversal, que deve permear tanto o ensino, como a pesquisa e a extensão, mas que não representa um princípio. Para o professor Adriano Figueiró, também delegado no Congresso, o ensino, a pesquisa e a extensão são práticas acadêmicas, enquanto a inovação representaria apenas um método.

Na avaliação de Figueiró, a inovação é usada em um discurso com viés tecnológico e empresarial, mas que precisaria representar também uma mudança nas relações internas da própria instituição. Ao final de um extenso debate, a proposta de inclusão de ‘inovação’ junto ao eixo de “ensino, pesquisa e extensão” foi rejeitada por 47 votos a 25.

Observação: Assim que estiver formatada a versão final do regimento, faremos a divulgação.