Palmeira das Missões e Frederico Westphalen terão mobilização pela greve SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 24/11/16 23h20m
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O Comando Local de Greve e a direção da Sedufsm esteve representada em reuniões com os docentes das duas unidades expondo a gravidade da PEC 55

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Nesta quarta-feira, dia 23, o Professor Adriano Figueiró, representante do Comando Local de Greve, e o professor Hugo Blois Filho, pela diretoria da Sedufsm, estiveram nas unidades descentralizadas da UFSM em Palmeira das Missões e Frederico Westphalen para debaterem com os docentes a construção do movimento grevista. Foram apontadas a realização de Plenárias Gerais dos três seguimentos em Frederico Westphalen nesta sexta, dia 24, às 10 horas da manhã e no campus de Palmeira das Missões, na próxima terça, dia 29, com horário ainda a ser definido. 

Nas duas reuniões, os professores expuseram os perigos incutidos na aprovação da PEC 55, que prevê o congelamento dos investimentos públicos no país pelos próximos 20 anos. Figueiró ressalta a inconsistência da proposta, dizendo que até mesmo economistas defensores do liberalismo consideram que a medida é um tiro no pé. “Tenho brincado que mesmo que elejamos o Papa Francisco para a presidência, ele não poderá fazer nada, porque essa medida muda a constituição e engessará os próximos presidentes que não poderão fazer nada contra o desmonte da saúde e da educação” comenta  ele e conclui: “é uma falácia dizer que esta PEC é a única forma de forma de enfrentar a crise brasileira, quando nós temos uma dívida não auditada que consome quase metade do nosso orçamento e a Receita Federal tem 280 bilhões de reais em impostos sonegados identificados e não cobra esse valor, que poderia cobrir com sobra o déficit anual previsto em 170 bilhões”.

Palmeira das Missões: paralisação na segunda e plenária na terça

Em Palmeira das Missões a comitiva de Santa Maria esteve reunida com os docentes para expor a conjuntura que levou a categoria a deflagrar greve em 27 universidades federais por todo o país. Na reunião, foi reafirmada a necessidade de defender o serviço público e os professores do curso de Enfermagem foram incisivos ressaltando a importância do Sistema Único de Saúde, o SUS, que será duramente atingido caso a PEC 55 seja aprovada no Senado. Como ressalta o professor Gianfábio Franco, do curso de enfermagem: “É inconcebível lutar em defesa do SUS e das nossas carreiras e ao mesmo tempo não se manifestar contra essa PEC que irá acabar com a saúde pública do país”.

Na reunião, foi definida a realização de uma paralisação nesta segunda-feira, dia 28, e uma Plenária com a participação dos professores, dos alunos e dos técnicos administrativos para discutirem os ataques do governo ao serviço público, à educação e à saúde. A plenária será a primeira deste tipo nos 10 anos de existência do campus de Palmeira e uma comitiva santa-mariense de TAE’s, docentes e alunos irá até Palmeira participar da atividade.

Frederico tem ocupação de alunos e plenária geral

Na reunião que ocorreu em Frederico Westphalen os professores discutiram a necessidade de conscientizar o corpo docente sobre o impacto que essa PEC terá sobre os campi descentralizados e institutos federais. “Quando se tem um orçamento apertado e ainda se aplica mais austeridade, começa-se a se fazer escolhas dentro do orçamento, então a pergunta que temos que fazer é: quando os governantes dos próximos 20 anos tiverem que fazer escolhas de onde investir o pouco dinheiro, eles investirão em universidades maiores com mais pós-graduações conceituadas e mais alunos ou naquelas que já hoje funcionam com precariedade e ainda estão estruturando seus grupos de pesquisas”,  questiona Figueiró.

No campus, o prédio do curso de Jornalismo está ocupado pelos estudantes que organizam aulas públicas, sessões de estudos da constituição e do texto da PEC 55, além de atividades lúdicas e a produção de um documentário sobre a ocupação, que conta até com uma mascote: a cadela que foi batizada pelos ocupantes de “Pec”.

Frederico também realizará uma plenária amanhã pela manhã, às 10 horas, com a participação de alunos, professores e técnicos administrativos. A Sedufsm irá enviar uma representação para a plenária. Além disso, os professores decidiram criar um Comando Local de Greve específico para o campus.

A greve só aumenta

O Andes-SN prevê, contando com universidades que apontaram indicativo de greve, que o número de universidades deva passar das 30 universidades em greve ainda nesta semana. Na UFSM a greve está oficialmente deflagrada desde a última terça-feira e professores de qualquer unidade descentralizada podem aderir ao movimento grevista, sejam eles sindicalizados ou não. Dúvidas sobre os aspectos jurídicos da greve devem ser encaminhadas ao sindicato, através do email sedufsm@terra.com.br e a assessoria jurídica da Sedufsm responderá o mais rápido possível.

O diretor da Sedufsm, professor Hugo Blois Filho afirmou durante as reuniões que ameaças e a pressão que o governo e os setores conservadores mais à direita da sociedade fazem contra grevistas, sindicatos e movimentos sociais não devem intimidar a comunidade universitária. “”Em Santa Maria nós chegamos a receber denúncias de alunos contrários às ocupações e à greve que andavam armados pelo campus” cita o professor, que encerra: “Mas nós não podemos deixá-los prevalecer, os alunos estão dando uma aula em todo o Brasil, ocupando escolas e universidades e em todo o meu tempo como sindicalista eu nunca vi uma pauta tão unificada entre professores, técnicos e alunos, contra a PEC e o desmonte do estado: esse é o momento para se entrar em greve”.

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