Docentes da UFSM suspendem greve nesta quarta, 14 SVG: calendario Publicada em 13/12/16 16h55m
SVG: atualizacao Atualizada em 13/12/16 17h12m
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Categoria quer manter mobilização em cenário adverso para 2017

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Aprovada a suspensão da greve. Aulas retornam nesta quarta, 14 de dezembro

Os professores da UFSM decidiram em assembleia, na manhã desta terça, 13, suspender a greve por tempo determinado, iniciada no dia 22 de novembro, com o retorno às aulas a partir desta quarta, dia 14. O movimento paredista tinha por principal alvo a retirada da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, que congela os investimentos públicos por 20 anos.

Apesar de o movimento em âmbito nacional não ter conseguido barrar a proposta, a avaliação da plenária, que ocorreu no Anfiteatro Loi Berneira, com a participação de 100 docentes, foi positiva. O entendimento é de que se conseguiu avançar na conscientização tanto da comunidade interna como na da externa à universidade, em relação aos prejuízos que serão ocasionados a partir da implementação da PEC 55. O movimento das ocupações estudantis também foi analisado como importante na luta contra o corte de recursos.

A análise majoritária dos participantes da assembleia é que a mobilização precisa ser mantida, tendo em vista que os ataques aos direitos dos servidores públicos e dos trabalhadores em geral continuará em ritmo acelerado. Um bom exemplo é a reforma da previdência, que está avançando de forma açodada na Câmara dos Deputados, e pode vir a ser votada logo nos primeiros meses de 2017. Tendo em vista essa conjuntura, a ideia é manter o debate político para amadurecer a proposta de realização de uma greve geral no país, em conjunto com as centrais sindicais.

Autonomia e democracia

No que se refere á conjuntura interna, foi aprovada pela plenária a ideia de construção de uma Frente Unitária em Defesa da Democracia e da Autonomia na UFSM. Conforme o conselheiro da Sedufsm, professor Adriano Figueiró, os fatos recentes que levaram à decisão judicial para a expulsão dos estudantes que realizavam as ocupações, demonstraram que é preciso uma luta política dos três segmentos para que a democracia e a autonomia da universidade voltem a ser respeitadas. Uma primeira reunião dessa frente está sendo articulada para sexta, dia 16, no turno da manhã.

Ouvidoria

Ainda de forma embrionária foi aprovada pela assembleia a construção de uma espécie de Ouvidoria, envolvendo a Sedufsm e possivelmente a Assufsm, que teria o objetivo de receber as reclamações e/ou denúncias de estudantes. Conforme o autor da proposta, professor Leonardo Botega, há informações de que acadêmicos que participaram das ocupações estariam sendo perseguidos por professores. O papel da Ouvidoria seria receber casos desse tipo e encaminhar para que providências sejam tomadas.

A questão das possíveis perseguições também foi reforçada pelo professor Clayton Hillig, que ocupa a função de Pró-Reitor de Assuntos Estudantis. Para ele, é fundamental que se construa uma rede de apoio para esses estudantes que estão sofrendo esse tipo de ataque.

Reposição das aulas

A plenária aprovou ainda que a Sedufsm encaminhe um documento à reitoria com o intuito de reivindicar que haja uma revisão do atual calendário e, que, nessa nova formatação, sejam garantidas as reposições de aula de forma integral, ou seja, não apenas do período correspondente à greve docente (22/11 a 13/12), mas que inclua o período das ocupações, que iniciaram em meados de 9 de novembro.

36º Congresso do ANDES-SN

O 36º Congresso do ANDES-SN, que acontece de 23 a 28 de janeiro, em Cuiabá (MT) também foi ponto de pauta da assembleia. Conforme a mesa, presidida pelo professor Júlio Quevedo, a diretoria da Sedufsm definiu pela ida de seis delegados (as) ao evento maior do Sindicato Nacional. Em função da economia de custos, a decisão foi de que não irão observadores (as) ao Congresso.

Após a ponderação do professor Marcos Piccin, de que deveria haver paridade de gênero na delegação ao Congresso, foram aprovados os seguintes nomes para ir a Cuiabá: Júlio Quevedo, Laura Fonseca, Luciano Miranda, Márcia Morschbacher, Gihad Mohamad e Hugo Blois Filho.



Confira mais fotos abaixo, em anexo.

Texto e fotos: Fritz R. Nunes

Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

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