2016: o ano em que as ocupações chegaram à UFSM SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 10/01/17 14h57m
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Universidade teve sua primeira greve de ocupação e Sedufsm abordou tema em vídeo

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Em 2016 a UFSM experimentou a sua primeira greve de ocupação. Centenas de estudantes ocuparam 15 prédios e paralisaram 43 cursos dos campi de Santa Maria, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões durante cerca de um mês. Os técnicos administrativos em educação e os docentes da universidade também entraram em greve. Pela primeira vez em muito tempo, havia uma pauta unificada entre os três segmentos: a luta contra a PEC 55, que estabelece um teto nos investimentos da união durante 20 anos.

Os estudantes realizaram aulas públicas, cursos de formação em diversas áreas do conhecimento, estabeleceram regras de convivência e preservaram a higiene e a integridade do patrimônio público durante o período em que foram ocupantes dos prédios da UFSM.

Nas paredes do prédio 74C do Centro de Ciências Sociais e Humanas, em Santa Maria, cartazes questionavam: “o que você aprendeu com a ocupação?”.  Entre respostas prosaicas – mas não menos importantes - como “aprendi a cortar repolho” ou “a fazer faxina”, podia-se ler “aprendi a conviver com as diferenças”, “aprendi que para problemas coletivos há saídas coletivas”, “a valorizar muito mais o trabalho das funcionárias da limpeza e do RU” dentre tantos outros depoimentos.

Após a vitória dos secundaristas em São Paulo em 2015, que reverteram uma reforma do governo estadual que fecharia dezenas de escolas públicas, as ocupações de longa duração ganharam força em 2016: escolas de ensino médio por todo os país foram ocupadas em luta contra os cortes na educação e por melhores condições de trabalho para seus professores. Nas universidades, 168 instituições de ensino superior foram ocupadas no final do ano passado.

É fácil ser cínico e afirmar que os processos de ocupação e grevista de 2016 foram derrotados, já que a PEC passou e o arrocho e a repressão aos movimentos sociais são cada vez mais recorrentes. Há de se notar, no entanto, a profunda mudança e o grande aprendizado que esse processo proporcionou para uma parcela significativa dos estudantes, não só da UFSM, mas de todos os cantos do Brasil. Em meio a tantas decepções com a contemporaneidade que nos toca, pelo menos essa esperança podemos acalentar sem medo: os jovens estudantes brasileiros estão organizados - e seguirão organizados.

A comunicação da SEDUFSM esteve presente nas ocupações e produziu um mini-documentário nos dias finais do processo de ocupação em Santa Maria, no qual os estudantes narram suas experiências e aprendizados. O link para o documentário segue abaixo:

Texto: Ivan Lautert        
Vídeo: Ivan Lautert e Rafael Balbueno

Foto: Fritz R. Nunes
​Assessoria de imprensa da Sedufsm

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