Docentes repudiam suspensão de nomeação de reitora da Unifesp
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Atualizada em
01/02/17 09h59m
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Moção que rechaçou intervenção do MEC foi aprovada durante o 36º Congresso
Os docentes aprovaram no 36º Congresso do ANDES-SN, encerrado em Cuiabá, na madrugada do último domingo (29), uma moção de repúdio à intervenção do Ministério da Educação (MEC) no processo eleitoral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O MEC suspendeu a nomeação da docente Soraya Smaili para o cargo de reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A decisão governamental se deu em resposta à carta enviada pelo professor Antonio Carlos Lopes, em dezembro de 2016, ao MEC, alegando que o processo na Unifesp teria sido “ilegal” em função de ter sido realizada a consulta paritária, em que alunos, docentes e técnicos têm o mesmo peso do voto na escolha do reitor. O MEC ainda solicitou que o Conselho Universitário da instituição se posicione com relação ao pleito.
De acordo com Daniel Feldmann, secretário-geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Paulo (Adunifesp-Seção Sindical do ANDES-SN), a ação do MEC é um grave ataque à democracia e autonomia da universidade. “A Adunifesp condena a ação do professor e do MEC, pois do ponto de vista formal não houve irregularidade alguma no processo eleitoral e, do ponto de vista político, abre um precedente para novas ações como essa intervenção, coloca em xeque a autonomia e democracia da universidade, essa é a questão mais importante”, afirma.
O diretor da Adunifesp faz um chamamento a toda a comunidade acadêmica da Unifesp para a manifestação que ocorrerá nesta terça-feira (31), a partir das 8h, em frente ao prédio da reitoria durante a reunião do Conselho Universitário que se pronunciará sobre a suspensão da nomeação da reitora Soraya Smaili.
Na última segunda-feira (30), o sindicato docente (Adunifesp) também publicou uma moção contra a suspensão da nomeação da reitora.
Fonte: ANDES-SN
Foto: Divulgação
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)