UFSM: ato na reitoria questiona crise orçamentária SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 02/08/17 19h14m
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Atividade teve roda de conversa com a participação do reitor

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Professor Julio Quevedo representou a Sedufsm e destacou a agenda de lutas de agosto

A crise que se vive hoje não é uma crise da educação, mas sim resultante de um projeto que deseja transformar a educação em um serviço, e não mais em um direito. Essa é a síntese da declaração do professor Guilherme Lovatto, que além de docente da rede estadual, faz parte da Frente Combativa em Defesa do Serviço Público, e participou na manhã desta quarta, no hall da reitoria da UFSM, do ato público em defesa da universidade e contra os cortes orçamentários. A atividade foi coordenada pelo Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos (Assufsm) e contou com o apoio de diversas outras entidades, como a Sedufsm, e teve ainda a presença do reitor da instituição, professor Paulo Afonso Burmann.

Júlio Quevedo, presidente da Sedufsm, destacou a agenda de lutas para o mês de agosto, considerada fundamental para tentar barrar os ataques que vêm sendo perpetrados cotidianamente pelo governo de Michel Temer e seus apoiadores no Congresso Nacional e na mídia. João Carlos Gilli Martins, vice-presidente da Sedufsm, e que esteve na mesa coordenada por Loiva Chansis (Assufsm) representando a Frente Combativa e a CSP-Conlutas, avaliou que é possível barrar as contrarreformas do governo desde que se construa a unidade dos trabalhadores pela base. Gilli criticou o recuo que as grandes centrais teriam dado em relação ao combate ao governo com sua política de desmonte dos direitos sociais.

Cenário crítico

Paulo Burmann, reitor da UFSM, fez uma exposição inicial com dados sobre a questão de recursos para a instituição, tendo em vista que a proposta de atividade da Assufsm era uma roda de conversa intitulada “Qual a real situação orçamentária da UFSM?”. O dirigente admitiu que o cenário para as universidades brasileiras é crítico. Segundo ele, se nada for alterado pelo governo federal, a UFSM deve fechar 2017 com um déficit orçamentário de 18 a 20 milhões de reais. Contudo, existem outras instituições em situação ainda mais delicada, com esse déficit, em alguns casos, variando de 150 a 300 milhões de reais.

Questionado sobre temas como parcelamento de salários e grande número de aposentadorias de docentes e técnico-administrativos na UFSM, o reitor enfatizou que, no que se refere aos salários, não há ainda ameaça de que possa vir a ser parcelado. Sobre o número de aposentadorias, não houve uma avalanche inesperada, frisou Burmann, especialmente porque muitas pessoas ainda esperam o desfecho sobre a votação do projeto de reforma da previdência. Contudo, destacou que, até o momento, as vagas de aposentadorias têm tido permissão de reposição por parte do governo. Mas não se sabe até quando, sublinhou o reitor.

Perspectivas

Caroline Roque, estudante do curso de Pedagogia e do Coletivo Alicerce, fez uma intervenção após a fala do professor Burmann e aproveitou para ampliar o questionamento. Segundo ela, mais do que simplesmente alguns reitores se posicionarem contras as reformas do governo, é preciso que sejam traçadas perspectivas de futuro. Qual o caminho que a Andifes (Associação dos Reitores das Federais) aponta, questionou ela. “Vão só acatar os cortes do governo?”, perguntou.

Para a integrante da coordenação do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFSM, Sarita Denardi Vattathara, uma das primeiras a falar durante a roda de conversa, a conjuntura do país é bastante preocupante, especialmente no que se refere à assistência estudantil. Para ela, o grande desafio é construir um processo que possa articular a luta, rompendo com a desmobilização, para fortalecer a resistência e conseguir barrar os ataques à universidade e aos direitos dos trabalhadores (as).

Em suas falas finais, tanto o presidente da Sedufsm, professor Júlio Quevedo, como a coordenadora da Assufsm, Loiva Chansis, convidaram os presentes a fazerem parte da agenda de lutas que vem sendo construída pela Frente Combativa em Defesa do serviço Público. Uma dessas atividades está marcada para 19 de agosto, na Escola Cilon Rosa: o II Seminário Unificado em Defesa do Serviço público.

Texto e fotos: Fritz R. Nunes

Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

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