Estatuinte da UFSM enfrenta um grande impasse
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Atualizada em
15/08/17 19h45m
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Falta de quórum irrita e gera até proposta de encerrar os trabalhos
A tentativa de realizar mais uma plenária do Congresso Estatuinte da UFSM, em que o quórum mínimo de 88 delegados (as) foi atingido apenas nos minutos iniciais, e derrubado após a primeira verificação dos presentes, gerou um grande impasse, que ameaça a continuidade dos trabalhos. A delegada que representa os técnico-administrativos, Tânia Flores, chegou a apresentar uma proposta de encerramento da Estatuinte, até que se defina uam nova metodologia, com novo quórum. “Não estou aqui para brincar de Estatuinte”, disse ela.
A proposta apresentada por Tânia foi de encerrar os trabalhos e passar a decisão do que fazer para a gestão do reitor, Paulo Burmann. Ela teceu várias críticas à condução do processo. Um deles, de que a Administração Central nunca teria providenciado uma norma para que estudantes pudessem participar das reuniões, sem serem penalizados com falta nas aulas. A posição de encerrar os trabalhos e pedir que a reitoria defina o que fazer daqui por diante foi corroborada por algumas manifestações, como a da professora do Serviço Social, Laura Fonseca. Entretanto, o quórum insuficiente evitou que uma deliberação sobre finalizar ou não os trabalhos fosse tomada.
Antes de encerrar a reunião, o encaminhamento tomado pela mesa diretora, com a concordância dos presentes, é de que será feita uma nova convocação para dentro de duas semanas, na quarta, 30 de agosto, pela tarde. A ideia é que esta reunião tenha um tema para ser discutido. Dessa forma, já se entraria nos debates relacionados à própria reestruturação do estatuto, mesmo que não haja quórum. Também deverá ser encaminhado pela mesa, conforme destacou o presidente, professor João Batista Paiva, a solicitação de exclusão daqueles delegados (as) que faltaram a mais de 50% das reuniões.
Na defesa do processo, para que o mesmo não seja encerrado, o professor do departamento de Direito, Luís Ernani Araújo, ressaltou que o número (300), agora considerado excessivo de delegados (as), foi pensado pela comissão pré-estatuinte, e objetivou ser democrático, propiciar ampla participação. Todavia, Ernani disse que é preciso aprender a “dura lição”, de que o número almejado é “irrealizável”. Para ele, contudo, o número de 70 delegados (as), como o que foi alcançado nesta tarde, não é inexpressivo. Sendo assim, sugeriu que se canalizasse essa “energia positiva” no sentido de continuar o debate com aquelas pessoas que realmente desejam um novo estatuto para a UFSM.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm