Negociação reverte demissão de tratorista do Jardim Botânico
Publicada em
06/10/17 17h27m
Atualizada em
06/10/17 17h55m
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Pró-reitor de Administração diz que objetivo é fechar 2017 com menor déficit possível
Em negociação com a reitoria da UFSM, o diretor do Jardim Botânico, Renato Záchia, conseguiu manter o tratorista que havia sido demitido do órgão, de forma que, agora, haverá dois funcionários para fazerem a manutenção dos 13 hectares, o que inclui, por exemplo, trabalho com trator, roçada e poda, bem como o cuidado de quarenta canteiros de plantas medicinais. Ainda assim, as visitações de escolas infantis ao Jardim, bastante comuns e até então incentivadas, seguirão comprometidas, visto que o local não mais possui a recepcionista, que cuidava do livro de assinaturas, assegurando o controle das visitações ao espaço.
Ainda nesta semana, a Sedufsm noticiou a precariedade vivenciada pelo Jardim Botânico da UFSM. Dois dos quatro jardineiros, além do tratorista (cuja demissão foi revertida), foram desligados do quadro de funcionários. Segundo Renato Záchia, professor da Biologia e também diretor do órgão há 15 anos, um terceiro jardineiro poderá ser transferido para outra área da Universidade, sobrando somente um profissional para cuidar dos 13 hectares que fazem parte do Jardim Botânico. Agora, com a manutenção do tratorista, são dois profissionais para dar conta das tarefas. Ainda no que tange ao Jardim, Záchia comenta que “foram demitidos quatro vigilantes, o que reduz a nossa capacidade de cuidar as pessoas que entram e saem daqui”.
Ajuste geral
Segundo o pró-reitor de Administração, José Carlos Segalla, o Jardim não é o único local a sofrer com o contingenciamento no número de postos de trabalho. “A gente disponibilizou as planilhas para as unidades que estão estudando e fazendo ajustes”, ressalta Segalla, informando que a universidade tem mais de 40 categorias e que as unidades vêm realizando remodelações para que a instituição não sofra grandes alterações, “embora já esteja sofrendo restrições”, reitera. A ideia é que as unidades avaliem quais postos de trabalho são mais importantes de serem garantidos. Segalla afirma que o central, nesse momento, é conseguir fechar o ano de 2017 com o menor déficit possível (já que superávit é impossível), ainda que os cortes de gastos estejam afetando a Universidade como um todo.
Na semana passada, foi anunciada pela Universidade a redução de 92 postos de trabalhos gerais com o objetivo de conseguir terminar o ano de 2017 com o menor déficit orçamentário possível. Com a redução, a UFSM passou a manter não mais 432 postos de trabalho, mas 340. Entretanto, esse não foi o primeiro corte de pessoal do quadro de funcionárias e funcionários terceirizados na UFSM.
Além do recente corte nos postos de trabalho, a UFSM já havia sofrido remodelações nas portarias, com uma diminuição de 44 para 37 postos de trabalho; no Restaurante Universitário e em outras categorias que utilizam o mesmo contrato, onde foram cortados 23 postos de trabalho; e na vigilância, com uma redução de 100 para 72 postos de trabalho.
Entretanto, Segalla afirma que “a Universidade qualificou seu serviço de vigilância, porque agora conta com monitoramento por câmeras, o que diminui a demanda por vigilantes”. Ao todo, no ano de 2017, foram subtraídos 140 postos de trabalho na UFSM, levando à demissão de 180 pessoas do quadro de funcionárias e funcionários.
Texto: Germano Molardi (estagiário de Jornalismo)
Fotos: Fritz Nunes
Edição: Bruna Homrich
Assessoria de Imprensa da Sedufsm