Economista esclarece quem são os beneficiários da dívida pública SVG: calendario Publicada em 09/10/17 17h38m
SVG: atualizacao Atualizada em 09/10/17 17h43m
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Palestrante esteve na sexta, 6, em São Gabriel, no XVII Encontro da Regional do ANDES-SN

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Rodrigo Ávida, da Auditoria Cidadã: dívida que está sendo paga hoje carece de legitimidade

Do orçamento geral da União executado em 2016, o percentual comprometido com pagamento de juros e amortização da dívida alcançou quase 44% (exatos 43,94%). Somente depois disso vem a Previdência Social, que comprometeu 22,94% do total orçamentário. Com esses dados, explica Rodrigo Ávila, economista da Auditoria Cidadã da Dívida, fica fácil compreender que a responsabilidade pelos gastos do governo não é o salário do funcionalismo, nem a previdência ou as políticas sociais. É a dívida pública a grande vilã. E para onde vão os recursos da dívida? Conforme Ávila, os beneficiários principais são: bancos (42%); Fundos de pensão (19%); Fundos de investimento (17%); Estrangeiros (10%); Seguradoras (4%); Governo -FGTS, FAT: 4% e Outros (4%). Esses números foram expostos por Rodrigo Ávila na sexta, 6, à noite, durante a abertura do XVII Encontro da Regional RS do ANDES-SN, em São Gabriel, na sede da Unipampa.

Na palestra do economista, ele enfatizou a falsidade do discurso catastrofista do governo, com apoio da mídia, de que são as políticas sociais as causadoras do déficit público, da inflação, e da crescente dívida pública. Rodrigo Ávila argumentou que seria necessário fazer uma auditoria da dívida conforme prevê a Constituição Federal de 1988, e assim avaliar qual parte dela é efetivamente legítima. Ele ressalta que a dívida surge na época da ditadura, quando os governos militares foram buscar recursos fora do país, com instituições financeiras, e aceitaram taxas de juros flutuantes. Além disso, não foi apenas o governo que buscou recursos em bancos no exterior, mas entes privados. Segundo o economista, a CPI da Dívida Pública, realizada pelo Congresso Nacional, levantou provas de que houve estatização de dívidas privadas, o que torna ainda mais forte o argumento da ilegitimidade.

Inflação e preços administrados

Um dos enigmas para se entender o crescimento da dívida é alta taxa de juros. Contudo, a síntese do pensamento neoliberal foi colocada em prática em 1999, pelo governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e que governo nenhum revogou até hoje. A política monetária é a única forma usada para controlar a inflação, ressalta Rodrigo Ávila. No entanto, para o economista, essa é uma forma equivocada de controlar a inflação, pois a causa do aumento de preços não é a demanda aquecida (excesso de consumo), como alegam os neoliberais. Segundo Ávila, o que está por trás da inflação é o aumento dos preços administrados pelo governo (combustíveis; tarifas de transporte, etc.).

Qual a saída?

A denúncia sobre a ilegitimidade da dívida pública tem sido feito pela Auditoria Cidadã. No entanto, para além disso, Rodrigo Ávila diz que é necessário levar para a sociedade o conhecimento dessa realidade pouco divulgada. Somente dessa forma, defende ele, será possível gerar mobilização social com o objetivo de se alcançar, por exemplo, a construção de uma campanha sobre consulta nacional popular em relação a:

- Auditoria na dívida pública;

- Reforma da Previdência;

- Reforma Trabalhista.

Sedufsm

A diretoria da Sedufsm esteve representada no evento, em São Gabriel, pelos professores Júlio Quevedo, Carlos Alberto Pires, Hugo Gomes Blois Filho e Maristela Souza. No sábado, dia 7, o encontro teve continuidade pela manhã, com a abordagem do tema “Organização sindical e multicampia” e, à tarde, houve os informes das seções sindicais.

Texto e foto: Fritz R. Nunes

Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

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