Professor da UFSC fala sobre atualidade de “O Capital” Publicada em
Atualizada em 30/11/17 23h56m
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No início de novembro esteve em Santa Maria o professor Paulo Sérgio Tumolo, aposentado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde ainda leciona como voluntário no programa de pós-graduação em Educação da instituição. Ele veio à UFSM a convite do Kairós- Grupo de Pesquisas e Estudos sobre Trabalho, Políticas Públicas e Educação da universidade. Em entrevista à assessoria de imprensa da Sedufsm, Tumolo falou sobre os 150 anos da obra “O Capital”, de Karl Marx e sua atualidade para entender o Capitalismo. O livro é um dos objetos de estudo do docente há bastante tempo.

Segundo o professor, um dos eixos fundamentais para se falar de “O Capital” é que, nela, Marx não se debruçou sobre um modelo de Capitalismo de maneira especifica. Ele não pegou o Capitalismo inglês no século XVIII, por exemplo. O que ele estudou, conforme Tumolo, foram as regras gerais do Capitalismo e isso faz com que, mesmo passados 150 anos, a obra siga plenamente atual para entender o regime na contemporaneidade .

Paulo Sérgio Tumolo também é um pesquisador da área de educação. E, em relação a isso, em sua entrevista, ele destacou que, apesar do papel fundamental da escola – que tem como tarefa formar o ser humano – são as condições objetivas nas quais cada pessoa se insere é que determinam a localização dela na sociedade. Em outras palavras, é a ausência de posse de meios de produção (ou a posse desses meios) que vai definir a localização de cada pessoa. Na avaliação do professor, o papel da escola não é formar ‘revolucionários’. Esse papel, segundo Tumolo, é das organizações revolucionárias. Para o pesquisador, a tarefa da escola é formar de maneira crítica.

A entrevista consta das redes sociais da Sedufsm. E você acessá-la direto pelo you tube, logo abaixo.

Texto: Fritz R. Nunes

Imagem: Frame/Rafael Balbueno

Assessoria de imprensa da Sedufsm