Processo Estatuinte foi interrompido e será devolvido ao Consun
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Atualizada em
04/12/17 22h07m
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Delegados jogaram a toalha depois de mais uma plenária sem quórum para deliberação
A mesa diretora do Congresso Estatuinte da UFSM, em conjunto com os poucos delegados e delegadas presentes à plenária realizada na tarde desta segunda, 4, no Auditório do Colégio Politécnico, decidiram jogar a toalha. Na reunião em que tinha como pauta alteração do regimento interno do Congresso e substituição de membros da mesa diretora, novamente o quórum não foi alcançado. Com o ano encerrando e a atual gestão do reitor Paulo Burmann também findando, se considerou mais sensato interromper o processo e devolvê-lo ao Conselho Universitário (Consun), órgão máximo da instituição e, que, em 2015, aprovou a metodologia dos trabalhos.
Conforme o presidente da mesa diretora do Congresso Estatuinte, professor João Batista Paiva, será feito um relatório minucioso sobre o processo, desde o seu início, ainda no primeiro semestre de 2014, até o momento atual. Serão anexados todos os documentos construídos ao longo desses três anos e meio.
Na análise do professor Paiva, uma das causas da dificuldade em obter quórum é o fato de ter sido eleito um número alto de delegados e delegadas (300 no total). O objetivo era garantir ao máximo a participação da comunidade interna e externa no processo, porém, o fato de não existirem suplentes acabou por gerar um impasse diante da ausência de muitos delegados. Mas não é a única causa. Paiva avalia que houve, também, uma espécie de “obstrução” política de alguns setores à Estatuinte.
Ao analisar as causas do insucesso da Estatuinte, o presidente do Congresso distribuiu as responsabilidades de forma igualitária. Segundo Paiva, o trabalho foi “duro”, mas acabou não sendo efetivo. E não por culpa da Mesa Diretora. Para o docente, houve falha das entidades representativas e dos próprios delegados que se elegeram, mas se ausentaram sem justificativa. Também disse que esperava mais em termos de participação dos que representavam a gestão da UFSM. Ainda durante a plenária desta tarde, o delegados e diretor da Sedufsm, professor Gihad Mohamad, rebateu o argumento de que as entidades teriam responsabilidade pelos problemas da Estatuinte.
Para Gléce Coser, 1ª secretária de mesa diretora, não há muito o que fazer, pois diante da falta de quórum, não há autonomia para decidir sem ferir o regimento interno. Daí porque a única saída é devolver o processo ao Conselho Universitário. Já João Batista Paiva disse que, no momento em que o processo chegar ao Consun, a atual mesa diretora estará automaticamente dissolvida.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm