Jornal da Sedufsm traz entrevista com chapas ao ANDES-SN
Publicada em
12/03/18 11h51m
Atualizada em
12/03/18 12h05m
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Edição de Janeiro a Março de 2018 é entregue nas casas dos(as) sindicalizados(as)
Nos próximos dias 8 e 9 de maio, ocorrem as eleições para a diretoria do ANDES-SN. Após 14 anos sem chapa de oposição, desta vez dois grupos disputam a direção da entidade para o biênio 2018-2020. Encabeçada pelo professor do departamento de Medicina II da Universidade Federal do Maranhão, Antônio Gonçalves Filho, a Chapa 1, intitulada ANDES Autônomo e de Luta, representa a situação, ou seja, a continuidade da linha política adotada pelo Sindicato Nacional nos últimos anos. A Chapa 2, por sua vez, já atesta no nome seu caráter de oposição: Renova ANDES. Esta traz como presidenciável a professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, Celi Taffarel.
Tendo em vista que este é um momento político importante a todos(os) os(as) sindicalizados(as), visto que o pleito define os rumos da entidade e sua forma de participação nas mobilizações da classe trabalhadora, a Assessoria de Imprensa da Sedufsm entrevistou ambas as chapas, a fim de esclarecer as similitudes e as nuances das plataformas políticas.
As entrevistas estão nas páginas 4 e 5 da edição de Janeiro a Março do jornal da Sedufsm. Dada a limitação espacial do jornal impresso, as respostas tiveram de ser abreviadas, contudo, ao longo dos próximos dias, iremos divulgá-las, na íntegra, em nosso site. O jornal da Sedufsm é entregue nas caixas de correspondências dos(as) docentes filiados(as) ao sindicato, mas também pode ser acessado online. Basta clicar aqui.
E para dar uma “palinha” do bate-papo com os(as) presidenciáveis, destacamos aqui as respostas à primeira questão efetuada pela nossa Assessoria de Imprensa: Qual será a prioridade da Chapa 1 ao assumir a direção do ANDES-SN?
Antônio Gonçalves (Chapa 1): “A Chapa 1 ANDES Autônomo e de luta terá como prioridade dar continuidade às deliberações do sindicato nacional, em especial as aprovadas no Congresso e CONAD, através de dois eixos principais, quais sejam: 1) o fortalecimento e ampliação do trabalho de base e valorização do/a professor/as, através da dinamização das secretarias regionais e fortalecimento das seções sindicais, lutando pela reestruturação da carreira docente, por condições de trabalho nas IES e contra todo e qualquer tipo de opressão e 2) ampliação da articulação com outros setores da classe trabalhadora, em especial com os setores da educação e movimento estudantil, reafirmando as bandeiras de defesa intransigente das Universidades, Institutos Federais e CEFET, públicos, gratuitos, de qualidade, laico e socialmente referenciado e pela revogação de todas as contrarreformas já realizadas, como as contrarreformas da previdência de 2003 (fim da paridade entre ativos e aposentados e fim da aposentadoria integral) e 2012 (criação da FUNPRESP), do ensino médio e trabalhista; terceirização ampla e irrestrita; Emenda Constitucional 95 e outras”.
Celi Taffarel (Chapa 2): “Precisamos renovar o sindicato para que ele recupere sua capacidade de mobilização da categoria e, portanto, de enfrentamento efetivo aos principais ataques desferidos contra as instituições públicas de ensino, a democracia e os elementos do Estado de Direito que ainda temos (tais como as conquistas sociais contidas na Carta de 1988), para lutar em defesa das conquistas populares, das garantias constitucionais dos trabalhadores, bem como atenda às reivindicações específicas das carreiras do Magistério Superior e EBTT – Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.
Numa situação tão grave, uma proposta de ação renovada deve incluir a busca da mais ampla unidade com as organizações representativas dos trabalhadores, tanto do setor público como do setor privado. Nesse atual cenário de avanço destrutivo, sustentado na drástica redução do Estado em setores essenciais à vida dos cidadãos, no contexto de um golpe que se aprofunda com novas e mais duras medidas contra o povo, é vital reconhecer e reagir ao golpe que claramente abriu caminho a um conjunto sem precedentes de ataques às conquistas e aos direitos.
Por isso propomos abrir o debate fraterno e respeitoso a partir da base com todos os docentes e grupos que estiverem dispostos a lutar por direitos, salário, carreira, previdência, valorização de ciência e tecnologia e do ensino público gratuito e de qualidade, com a elaboração de propostas políticas que tenham a justiça social como horizonte. Nossa prioridade é que toda docente e todo docente estejam presentes no ANDES-SN, em plenas condições de participar de sua construção, buscando a unidade na luta com respeito à diversidade de pensamento”.
Ainda nesta edição
O primeiro jornal da Sedufsm no ano de 2018 começa a circular no mês de Março, período marcado por mobilizações referentes ao Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora (8M). Assim, duas matérias dessa edição trazem projetos que visam a auxiliar mulheres em seus processos de autoconhecimento e resistência. Um deles é o coordenado pela professora do departamento de Fundamentos da Educação da UFSM, Márcia Paixão, junto às detentas do presídio feminino de Santa Maria.
A primeira vez que a docente e duas estudantes adentraram o presídio foi em 2016, quando, ao longo de todo o ano, elas se encontraram com as mulheres presas e incentivaram-nas a contarem suas histórias de vida. “Se essas pessoas são ouvidas e têm vínculos, há a possibilidade de que ressignifiquem sua vida”, comentou Márcia.
Ainda neste mês de março, um novo projeto da professora junto às detentas terá início. Com o nome “Mulheres no presídio: outras possibilidades”, o objetivo é oferecer ginástica, atendimento psicológico e oficinas profissionalizantes às mulheres em situação prisional. Os encontros em que as detentas contam suas histórias também seguirão ocorrendo. Um projeto que iniciou no Centro de Educação, agora se torna multidisciplinar, abrangendo estudantes da Residência Multiprofissional da UFSM. Leia a matéria completa sobre o projeto na página 7 do jornal.
Já na página 8 apresentamos o Grupo de Mulheres Amor, Movimento e Dança, coordenado pela professora de dança Milena Colognese. Na proposta do grupo, a ideia de que todas as mulheres podem ser bailarinas e amarem seus próprios corpos. As coreografias são formuladas a partir de elementos do universo feminino, desde a ancestralidade e os saberes tradicionais da mulher, até a luta pela igualdade de gênero e contra a violência. Para ler mais sobre o Grupo e saber como participar dos encontros, vá até a página 8, onde também comentamos, brevemente, o filme ‘Revolução em Dagenham’, que narra a história de um protesto realizado por trabalhadoras de uma fábrica da Ford, em 1968.
Esta edição do jornal da Sedufsm ainda traz o perfil de Ricardo Rondinel, docente do departamento de Ciências Econômicas e amante da música (pág. 8); os benefícios do cartão ‘Compartilhar conquistas’ aos(às) sindicalizados(as) (pág. 3) e algumas opiniões contrastantes sobre a possibilidade de a UFSM instituir cursos pagos de pós-graduação lato sensu. Boa leitura!
*Se você tem sugestão de pauta para o jornal, envia um email (sedufsm@terra.com.br), uma mensagem em nossa página de Facebook ou, ainda, ligue para 3222-1788.
Texto: Bruna Homrich
Imagem: J. Adams Propaganda
Assessoria de Imprensa da Sedufsm