Palestrante defende educação humanista na abertura de seminário SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 06/04/18 14h51m
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Evento que discute papel do servidor iniciou nesta quinta, 5, e encerra nesta sexta

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Primeira conferência foi da professora Magali Pastorino, que falou sobre educação na América Latina

De que forma pensar a educação na América Latina? Esse desafio foi levantado por Magali Pastorino, professora de Estéticas do Instituto Escola Nacional de Belas Artes do Uruguai. Magali apresentou, não uma receita ou modelo a serem seguidos, mas uma “cartografia” do que ela considera fundamental para a manutenção de uma educação de caráter humanista. A docente foi a primeira palestrante do seminário “Servidor Público: um peso para a sociedade?”, que iniciou na quinta (5) e prossegue nesta sexta (6) no Hotel Morotin Centro. A organização é do Grupo de Trabalho de Seguridade Social (GTSSA) da Sedufsm, junto com seções sindicais do ANDES-SN no RS e mais o Sinasefe.

A docente fez, na tarde de quinta-feira,  uma breve recuperação histórica dos últimos 60 anos do ensino uruguaio. Ela disse que somente em 1958 foi instituída a disciplina de artes na Universidade da República do Uruguai. Ao longo da década de 1960, a característica era de uma universidade militante, que buscava a identificação com os pressupostos de justiça social. Entretanto, esse processo ascensional, de valores humanista e libertário, foi brutalmente interrompido a partir de junho de 1973, quando a ditadura militar assume o país. “A ditadura desmantelou a universidade”, assevera Magali, destacando fatos como a exclusão de opositores ao regime autoritário dos espaços acadêmicos. Até 1985, o clima era esse: perseguição, sequestros e assassinatos, relatou.

Em sua exposição, acompanhada de slides, a professora Magali Pastorino frisou bastante a concepção de educação que defende. Para a docente, o ensino, por si só, deve ser libertário, plural, cumprindo uma função social, que passa pela formação integral da pessoa. É uma educação que não precisa ter uma direção exata, mas que deve ter uma orientação, ressaltou Magali. Em sua “metáfora da resistência”, a professora destacou que, mesmo após o fim do regime militar, em 1985, conseguir reestruturar as escolas uruguaias não foi um processo fácil, como em um passe de mágica. “Foi preciso usar muito a imaginação enquanto resistência política”, disse ela.

Pensando a educação em cinco pontos

Enfatizando sempre que as suas ideias não representavam um modelo a ser seguido, mas sim um caminho possível, Magali Pastorino elencou cinco aspectos considerados por ela importantes para se pensar uma educação na América Latina, que destacamos a seguir:

- Dar um enfoque integral à educação, dando-lhe um sentido existencial e humanista;

- Pôr em prática uma educação que permita o pluralismo, sem posições dogmáticas, e que favoreça o “escutar o diferente”;

- Priorizar as ações com um sentido coletivo e plural;

- Estabelecer relações plurais com a sociedade, levando em conta movimentos diversos, especialmente os sociais;

- Detectar e combater as ameaças à educação pública.

Conjuntura desafiadora

A palestra da professora Magali Pastorino foi feita logo após a abertura do seminário. Na mesa oficial, representações da Regional RS do ANDES-SN, de seções sindicais e do Sinasefe. Além do professor Francisco Freitas, integrante do GTSSA da Sedufsm, falaram também o professor Getulio Lemos, da Regional RS, Fabiane Tejada da Silveira, da Adufpel, Rodnei Novo, da Aprofurg, Júlio Quevedo, da Sedufsm, e Claudia do Amaral, do Sinasefe.

Fabiane Silveira, presidente da Adufpel, destacou a importância do encontro pelo atual momento em que se vive no país, em que os direitos fundamentais da sociedade estão sob ataque. “É uma conjuntura desafiadora, em que precisamos nos fortalecer”, destacou ela.

O presidente da Sedufsm, professor Júlio Quevedo, ressaltou que esse tipo de evento fortalecem o movimento sindical, especialmente entidades como o ANDES-SN, que tem um projeto de educação para o país.

Claudia do Amaral, que falou pelo Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnologica), parabenizou o esforço organizativo do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) da Sedufsm, de onde partiu a ideia do evento.

Texto e fotos: Fritz R. Nunes

Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

 

 

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