Discussão sobre minuta da cobrança de taxas na pós não avança
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Atualizada em
09/10/18 17h56m
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Maioria das direções de Centro contatadas pela Sedufsm disse que debate está parado
Quando a Reitoria da UFSM, através da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, elaborou de uma proposta de minuta que regulamenta a cobrança de taxas na pós-graduação lato sensu, em cursos de especialização eventuais, argumentou que havia professores demandando essa questão. Entretanto, quase um ano após o envio da primeira versão da minuta, o relato das direções de Unidades indica que pouco se avançou nessa discussão. A ampla maioria dos diretores contatada pela assessoria de imprensa da Sedufsm diz que o assunto não foi discutido, que não houve retorno das subunidades, ou simplesmente, como no caso do Centro de Educação, que a comunidade é contrária a cursos de especialização que sejam cobrados.
Sandro Petter Medeiros, diretor do Centro de Ciências Rurais (CCR) da UFSM, respondeu, por e-mail, no dia 3 de outubro, que não havia manifestação da comunidade daquele Centro sobre a minuta.
Mauri Löbler, diretor do Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH), informou, por e-mail, no dia 1º de outubro, que receberam o documento da reitoria no dia 19 de junho. Já no dia seguinte, a proposta de minuta foi encaminhada às subunidades, com o pedido para que o conteúdo fosse avaliado. As sugestões, conforme Löbler, podiam ser encaminhadas à direção de Centro ou diretamente ao gabinete do reitor. Para a direção de Centro, explica ele, houve apenas um retorno. Se houve algum outro diretamente à Reitoria, Löbler não tem conhecimento.
Ane Carine Meurer, diretora do Centro de Educação (CE), respondeu através do ‘whatsapp’, no dia 28 de setembro, que o que foi manifestado à reitoria é que, naquela Unidade, não havia interesse em cursos de especialização lato sensu com cobrança de taxas. Em documento enviado à Reitoria, a direção ressalta que “a política do Centro de Educação está na perspectiva do compromisso com a formação continuada dos professores da rede pública, e não o contrário”.
Ainda no texto enviado ao gabinete do reitor, a direção do CE constata que, em função dos problemas salariais enfrentados pelos professores da rede pública, “se formos cobrar, diminuiremos a demanda deles”. Destaca ainda o documento que “compreendemos que a pós-graduação é um aprofundamento de muitos campos do conhecimento e, que, com a cobrança de taxas, se fragilizaria”.
Sem prazos e algumas dúvidas
Tiago Marchezan, diretor do Centro de Tecnologia (CT), respondeu, por telefone, no dia 8 de outubro, que “o tema da minuta ainda está em discussão nas subunidades” daquele Centro. Segundo Marchezan, não há um prazo final para que seja feita essa deliberação, por isso não houve uma conclusão das discussões. O diretor entende que não houve cobrança quanto a prazos e, que, por isso, outras demandas urgentes passaram à frente desse tema.
Pedro Brum Santos, diretor do Centro de Artes e Letras (CAL), contatado por telefone no dia 4 de outubro, relatou que “não chegaram a discutir no âmbito do CAL” a proposta de minuta. E acrescentou que o documento “não foi debatido em nenhuma instância e, por isso, não foi enviada qualquer consideração à reitoria”.
A diretora do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), Sonia Cechin, também respondeu, via Messenger, no dia 4 de outubro, que o tema não foi discutido em seu Centro.
José Edson Paz, diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS), por telefone, no dia 8 de outubro, afirmou que “não há um resultado sobre a discussão da minuta no CCS”. Paz entende que há dúvidas que surgiram a partir do conteúdo do documento.
Luiz Osório Cruz Portela, diretor do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), respondeu, por telefone, nesta terça, 9, que não houve discussão sobre o assunto em sua Unidade.
Palmeira e Frederico
Adriano Lago, vice-diretor do campus da UFSM em Palmeira das Missões, relatou, por telefone, na segunda, 8 de outubro, que receberam documento da reitoria com a proposta de minuta no dia 24 de junho, com data para retorno em 10 de julho. Segundo ele, esse documento foi encaminhado às subunidades que, no entanto, não apresentaram sugestões.
Arci Wastowski, diretor do campus da UFSM em Frederico Westphalen, contatado por telefone na segunda, 8, disse que “não chegaram a discutir naquela Unidade, pois não houve demonstração de interesse pelos setores”. No caso de haver interesse em alguma subunidade, podem voltar o assunto, segundo ele.
A assessoria de imprensa da Sedufsm não conseguiu falar com a direção do campus de Cachoeira do Sul.
Leia aqui sobre o início desse debate, em dezembro do ano passado, inclusive com o texto preliminar da proposta de minuta. E,aqui, a matéria publicada no dia 26 de setembro, com a posição do pró-reitor, professor Paulo Renato Schneider.
Texto: Fritz R. Nunes
Foto: Arquivo/Sedufsm
Assessoria de imprensa da Sedufsm