A gente deve se unir na dor, diz professora em ato por Isadora Publicada em
Atualizada em 10/12/18 17h33m
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Vivemos uma onda de agressões em relação às mulheres, com muitos casos de feminicídios Brasil afora. Contudo, é preciso “se unir na dor” e “darmos as mãos em busca de justiça”, afirmou a professora Maria Rita Py, aposentada da rede pública estadual, e militante do movimento negro de Santa Maria. Ela foi convidada a falar no ato “Justiça para Isadora”, que ocorreu no final da tarde deste domingo, 9, durante mais uma edição do Brique da Vila Belga, em Santa Maria. Além dela, falou também Cibele Costa, mãe de Isadora Viana Costa, modelo santa-mariense que foi morta aos 22 anos, em maio deste ano, em Imbituba (SC), por supostas agressões do namorado, que esteve preso por alguns meses, mas liberado com autorização do STF, no final de novembro.

Para Cibele, que estava acompanhada do marido, e pai de Isadora, Rogério Froner Costa, o “feminicídio é uma ferida aberta na sociedade”. E, segundo ela, a justiça no caso de Isadora representará também justiça para todas as mulheres. A busca por justiça foi lembrada por Maria Rita Py: “é horrível ter que cobrar do Estado para que ele cumpra a sua obrigação, que é de fazer justiça”, disse ela. No entendimento da professora, o que acontece é que vivemos à mercê do “poder econômico” e, nesse sentido, a vida das pessoas não vale nada, pois “todos nos transformamos em mercadoria”.

Em sua curta intervenção, Cibele Costa citou o apoio de diversas entidades, comissões de direitos humanos de diversos poderes, e também grupos feministas da cidade. Já o coordenador do Brique da Vila Belga, Kalu Flores, disse ficar sempre emocionado quando se refere a esse tema e evita falar muito, contudo, enfatizou que a programação do Brique está sempre aberta para pedir justiça para Isadora.

Texto e fotos: Fritz R. Nunes

Assessoria de imprensa da Sedufsm