CSP-Conlutas aponta motivos para oposição ao governo Bolsonaro
Publicada em
22/01/19 11h43m
Atualizada em
22/01/19 11h44m
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Central sindical destaca necessidade de união de trabalhadores e juventude para a luta comum
A Secretaria Executiva Nacional da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), reunida na quinta, 17, em São Paulo, após uma ampla análise de conjuntura, apontou alguns pontos que não apenas devem unir as centrais sindicais, movimentos sociais e juventude politicamente organizada, mas também devem ser base para a mobilização em 2019. A CSP-Conlutas vai defender, no próximo dia 20 de fevereiro, a mobilização conjunta dos trabalhadores em uma plenária das principais centrais sindicais do país, que também ocorrerá em São Paulo.
Depois de 15 dias do governo de Jair Bolsonaro (PSL), o entendimento da direção da CSP-Conlutas foi de que já existem motivos bastante consistentes para mobilizações contra vários temas anunciados. Entre eles, a entidade destaca:
– divulgação de um salário mínimo ridículo, fim do ministério do trabalho que aponta claramente para o fim da justiça do trabalho;
– exclusão dos LGBTs das políticas públicas (eram citados nas políticas de Direitos Humanos e agora não estão mais);
– divulgação das pretensões de uma reforma da Previdência mais cruel do que aquela tentada por Temer (que privilegia os bancos, as empresas e o agronegócio e ataca violentamente a classe trabalhadora com retirada de direitos, aumento do limite de idade para se aposentar e diminuição de valores);
– serviço da Funai (Fundação Nacional do Índio) perde autonomia e passa a ser subordinado ao Ministério da Agricultura, comandado pelos ruralistas, ficando agora impedida de demarcar as áreas indígenas;
– saída do Brasil do Pacto Global de Migração da ONU, retrocesso que significa um violento ataque aos imigrantes;
– Ameaças sistemáticas à ruptura com o Pacto de Paris que, se viabilizado, também significará um enorme retrocesso para a questão ambiental.
A CSP-Conlutas também aponta para eixos que devem nortear a mobilização de trabalhadoras e trabalhadores:
- Contra a Reforma da Previdência e o ataque aos direitos dos trabalhadores;
- Contra as Privatizações. Em defesa das estatais e da soberania nacional;
- Contra a Reforma Trabalhista, a PEC 300 e o fim da justiça do trabalho (com atos já programados a partir de 21/01);
- Defesa dos povos indígenas, quilombolas e camponeses e da luta a favor da Demarcação das terras, Titulação e Reforma Agrária;
- Plano emergencial de geração de empregos com garantia de direitos e salário digno;
- Contra toda a forma de opressão, discriminação e exploração! Basta de Racismo, LGBTfobia, xenofobia, machismo
- Basta de violência e feminicídio! Por emprego e mais investimentos em políticas públicas de combate a violência machista;
- Em defesa das liberdades democráticas, contra a criminalização das lutas e dos lutadores, contra a lei antiterrorismo;
- Em defesa dos serviços públicos e dos servidores;
- Apoio à luta contra os aumentos das tarifas de transporte;
- Em defesa de Escola Pública e Laica.
Texto: Fritz R. Nunes com informações do site da CSP-Conlutas
Imagem: Arquivo
Assessoria de imprensa da Sedufsm