Professores de todo o país realizam greve nacional em defesa da educação SVG: calendario Publicada em 14/05/19 18h12m
SVG: atualizacao Atualizada em 14/05/19 19h49m
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Cortes orçamentários e de bolsas da Capes agregam bandeira de luta do magistério

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Professores de todo o país aprovaram em suas assembleias adesão à Greve Nacional da Educação nesta quarta, 15 de maio. Docentes, técnico-administrativos e estudantes estão se mobilizando. O objetivo da manifestação, que tem duração de 24h, é ir às ruas para lutar pela educação pública. Na pauta da mobilização,o combate aos cortes de orçamento nas universidades federais e aos cortes de bolsas da Capes. A paralisação desta quarta também pretende ser uma preparação ao dia 14 de junho, data estipulada pelas centrais sindicais para a Greve Geral contra a reforma da previdência. Na tarde desta terça (14), representações das entidades (ANDES-SN, Fasubra, CNTE e ANPG) participaram de entrevista coletiva para detalhar as motivações do 15 de maio. Veja ao final desta matéria.

Convocada inicialmente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a greve foi incorporada ao calendário de lutas aprovado no III Encontro Nacional de Educação (ENE). O ANDES-SN convocou sua base, através das seções sindicais, a se incorporar a esse dia de luta.

Em muitas instituições de ensino, a preparação para a Greve Nacional da Educação foi feita coletivamente, pela comunidade acadêmica. É o caso, por exemplo, da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Lá, uma assembleia comunitária foi realizada e a presença foi massiva. Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), também houve reunião da comunidade acadêmica, no Pátio da Reitoria em Curitiba. Em Niterói (RJ), um grande ato mobilizou a comunidade acadêmica da Universidade Federal Fluminense (UFF). Os docentes da UFF também decidiram aderir à greve.

UFSM

Na Universidade Federal de Santa Maria, os professores aprovaram adesão à greve de 24h em assembleia ocorrida no dia 30 de abril. Os docentes dos campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões corroboraram a participação no movimento grevista em plenária que ocorreu em 9 de maio. Em Cachoeira do Sul, o professorado também definiu na última segunda (13), a adesão à paralisação de um dia, com a organização de atividades conjuntas com outros segmentos. Em Santa Maria, a programação prevê nesta quarta, a partir das 7h, panfletagem no campus de Camobi. No turno da tarde, a partir das 16h, ato público com demais segmentos da educação na praça Saldanha Marinho. Saiba mais sobre as atividades desta quarta aqui

Docentes de universidades estaduais também decidiram aderir à greve. Na tarde da última sexta (10), a adesão ao movimento paredista foi deliberada em assembleia docente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Na Bahia, os docentes das quatro universidades estaduais já estão em greve, e também participarão das mobilizações em 15 de maio. A Federação Nacional de Petroleiros (FNP) também decidiu aderir à Greve em 15 de maio, segundo o ANDES-SN.

COLETIVA NA SEDE DA FASUBRA

A coletiva aconteceu na sede da Fasubra, na capital federal. Participaram: Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, além de representantes da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE), da própria Fasubra e da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG).

Greve Nacional da Educação foi inicialmente marcada para dar força à luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/19, da Reforma da Previdência. Porém, com o recente anúncio do governo do corte de orçamento nas áreas de educação e ciência e tecnologia, a greve de 15 de maio ganhou outra magnitude.

As manifestações e paralisações de 15 de maio devem servir como preparação para a grande Greve Geral de 14 de junho, convocada recentemente pelas centrais sindicais. Foi o que afirmou Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN. Segundo ele, a unidade de ação é fundamental para defender a educação e combater a reforma da previdência.

“A educação está dando demonstração de força e organização da classe trabalhadora, estamos fazendo atos unitários. É uma pauta que interessa a toda a sociedade. Na quarta, organizaremos passeatas, aulas públicas e muito mais”, afirmou o docente. Os professores e demais trabalhadores da educação serão a primeira categoria do país a organizar uma greve nacional contra as políticas do governo de Jair Bolsonaro. “Temos que acumular forças para a Greve Geral de 14 de junho”, completou Antonio.

Heleno Araújo, presidente da CNTE, afirmou que já há atos unificados marcados em 21 unidades federativas. Outras manifestações serão marcadas entre hoje e amanhã. Heleno também ressaltou que os cortes de orçamento, ao contrário do que diz o presidente, afetam diretamente a educação básica. A merenda e o transporte escolar, por exemplo, já são afetadas pelos cortes.

Manuelle Matias, vice-presidente da ANPG, avaliou que há, por parte do governo um movimento anti-intelectual que busca “limar o pensamento crítico”. “O governo vai ter que recuar”, disse, ressaltando que a reversão do corte de 1200 bolsas da Capes já é um sinal de que o governo sentiu a força das mobilizações. (Confira a íntegra da matéria sobre a entrevista coletiva).


Fonte: ANDES-SN
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

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