Reunião na Sedufsm propõe documento contra o ‘Future-se’ SVG: calendario Publicada em 30/07/19 17h51m
SVG: atualizacao Atualizada em 30/07/19 17h52m
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Diretor da seção sindical sugere elaboração de texto conjunto dos segmentos

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Em evento que ocorreu na noite de segunda (29), no Auditório Suze Scalcon da Sedufsm, foi encaminhada pelos mais de 30 presentes, entre docentes e estudantes, a proposta de elaboração de uma ‘carta aberta’ contra o programa “Future-se”, que foi divulgado pelo Ministério da Educação, no dia 17 de julho. Para Gihad Mohamad, diretor da Sedufsm, seria importante que o documento tivesse a participação dos três segmentos. No entendimento do professor Adriano Figueiró, do departamento de Geociências, deveria se ter uma posição coletiva de não participar da consulta sobre o programa do MEC, cujo prazo para receber sugestões na internet é o dia 15 de agosto.

Na avaliação do professor Ricardo Rondinel, do departamento de Economia e Relações Internacionais, também conselheiro da Sedufsm, o objetivo central do programa do governo federal é a “destruição da universidade pública”. Para ele, a prioridade deveria ser dialogar com a comunidade, para que se possa entender qual o tamanho do impacto do programa do MEC.

Dartanhan Figueiredo, docente aposentado do departamento de Física, também visualiza o ‘Future-se’ como um projeto de destruição da universidade pública. Ele questionou até quando se vai esperar para defender a universidade. Foi mais além e se referindo às recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), nas quais negou a existência de uma ditadura entre 1964 e 1984, disse: “vamos ou não defender a democracia?”.

Mercado e Organizações Sociais

Em sua exposição, falando pela diretoria da Sedufsm, Gihad Mohamad ressaltou que o programa do governo federal para as universidades afronta diversas leis existentes, como a de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), trazendo em sua essência a submissão aos interesses de mercado.

Luciana Carvalho, professora do departamento de Ciências da Comunicação da UFSM em Frederico Westphalen, destacou algumas das ideias que circularam em Brasília, durante a reunião do setor das federais (Ifes) do ANDES-SN. Uma das interpretações do ‘Future-se’, comentou ela, é de que os departamentos poderão funcionar como empresas, agindo para captar recursos. “Não se permite que sindicatos tenham sede dentro do campus, mas empresas poderão ter espaços publicitários, desde que patrocinem prédios, setores da instituição, como está previsto através dos ‘naming rights’.”

Para Adriano Figueiró, a preocupação central nem seria a questão do financiamento, pois seria impossível que empresas sustentassem totalmente a universidade, pois isso não ocorre nem nos Estados Unidos ou na Alemanha. “O ‘Future-se’ vai ampliar o financiamento privado nas universidades públicas, que hoje já existe”, frisa o docente. Contudo, para ele, o problema fulcral é a questão das Organizações Sociais (OS).

Na ótica de Figueiró, a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), durante o governo Dilma, foi um grande laboratório para as OS. Assim como nos hospitais universitários convivem servidores estatutários e celetistas, na universidade, a partir das OS, vários regimes poderão conviver, com docentes horistas/celetistas e os do Regime Jurídico (RJU). Como ficarão os concursados (RJU)? “Seremos uma carreira em extinção”, acredita o professor.

Mobilização

O presidente da Sedufsm, Júlio Quevedo, que esteve em Brasília no final de semana, para participar da reunião do setor das Ifes do ANDES-SN, analisou que, em âmbito nacional, começa a crescer um sentimento de que é preciso barrar os constantes ataques do governo Bolsonaro às universidades. Por isso, além da deliberação sobre a greve nacional da educação, em 13 de agosto, foi apontada uma rodada de assembleias gerais até 22 de agosto, para avaliar a possibilidade de greve por tempo indeterminado.

Maristela Souza, diretora da Sedufsm, destacou, durante a reunião, a agenda de luta dos próximos dias:

6 de agosto- mobilização em Porto Alegre, contra a reforma da previdência, que deve ser apreciada em segundo turno, pela Câmara Federal;

7 de agosto- assembleia dos docentes da UFSM, em Santa Maria;

8 de agosto- assembleia dos docentes nos campi de Frederico e Palmeira;

13 de agosto- greve nacional da educação.


Texto e fotos: Fritz R. Nunes

Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

 

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