Programa 'Future-se' deverá ser enviado por Medida Provisória ao Legislativo SVG: calendario Publicada em 28/08/19 15h50m
SVG: atualizacao Atualizada em 28/08/19 15h55m
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Ministro Weintraub esteve na Câmara e chamou universidade de 'cara' e que produz 'porcarias'

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Ministro da Educação afirma que 'Future-se' é a

O programa 'Future-se' poderá ser encaminhado ao Congresso Nacional através de uma Medida Provisória (MP). Foi o que disse nesta quarta, 28, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em reunião da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. O objetivo, segundo ele, seria acelerar o processo de implentação do programa, que tem como intenção aumentar o financiamento privado nas instituições federais de ensino.

Em sua explanação, o ministro afirmou que que não se trata de privatização e que os recursos públicos estão garantidos. Este ano, porém, 30% dos recursos orçamentários das universidades estão contingenciados. Para o ministro, o 'Future-se' é a "salvação das universidades". Weintraub disse ainda: “O que acontece hoje com as federais? A gente tem um problema grave porque elas são muito caras pelo resultado que elas entregam. Se nós não mexermos nelas agora, em poucos anos a gente vai estar discutindo a falência das universidades federais."

O governo afirma que as universidades que aderirem ao Future-se poderão utilizar seus recursos próprios vindos de aluguéis, por exemplo. Hoje esse dinheiro soma R$ 1 bilhão e fica para o Tesouro Nacional para não aumentar o déficit público. O ministro também acenou com uma linha de crédito do Banco do Brasil para que as universidades adquiram painéis solares, reduzindo despesas com energia elétrica.

Resultados

Weintraub explicou que é preciso mudar a gestão das universidades públicas e cobrar resultados. Ele disse que o diploma público custa em média R$ 450 mil enquanto a Fundação Getúlio Vargas cobra a metade:

“A gente produz muita porcaria. De baixíssimo impacto. Ou nenhum. O reitor que aderir ao Future-se; alguns já se manifestaram até abertamente... eles são caçados no meio acadêmico. São perseguidos, massacrados."

O programa prevê recursos novos de R$ 100 bilhões, sendo que metade viria de um fundo formado por patrimônio da União. Outra parte sairia dos fundos constitucionais, o que foi questionado pelo deputado Sidney Leite (PSD-AM). Segundo ele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, imagina outro destino para esses fundos.

“Porque em várias reuniões o ministro é tácito em acabar com os fundos e repassar para os estados. O meu outro questionamento é sobre o Fundo Soberano do Conhecimento. Qual é o atrativo para o mercado para fazer investimento? Esse fundo nasce com que capacidade de liquidez? No mundo financeiro, não existe a regra da bondade", indagou.

O secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Lima, explicou a expectativa com o fundo soberano para a atração de recursos externos.

“A gente não quer doação de países ricos. A gente quer falar para eles: quer ganhar dinheiro? Invista no Brasil. O Brasil tem um potencial maravilhoso. Em vez de comprar um título público brasileiro, compre uma cota do Fundo Soberano do Conhecimento. Porque você vai estar trabalhando em cima de uma riqueza infinita, que é o conhecimento que se renova com essa nova geração, que é maravilhosa e com a qual nós temos que nos aproximar." O governo também criará incentivos fiscais para empresas que investirem nas universidades.

O deputado Enio Verri (PT-PR) questionou como ficará o financiamento dos cursos que estão mais voltados para a ciência pura, que não têm aplicação imediata. E afirmou que existe sim o risco de o dinheiro público ser reduzido na expectativa de que o setor privado o substitua.

Weintraub disse que 15 reitores já se manifestaram a favor do programa, além do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. O ministro da Educação não conseguiu responder todas as perguntas dos deputados por causa de outro compromisso e voltará na próxima quarta à comissão.

O titular do MEC em nenhum momento se refere a cerca de 12 universidades federais, nas quais os Conselhos Superiores rejeitaram o 'Future-se'.

Fonte e foto: Agência Câmara
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

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