Orçamento da UFSM de 2020 pode ser o de 2019, mas 30% menor SVG: calendario Publicada em 04/09/19 19h06m
SVG: atualizacao Atualizada em 06/09/19 17h59m
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Impacto ainda não pode ser calculado totalmente, diz Pró-Reitoria de Planejamento

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O corte de verbas para as instituições federais de ensino pode comprometer severamente o funcionamento das universidades. De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o orçamento das IFESs para o próximo ano será o mesmo de 2019. Entretanto, em entrevista à assessoria de imprensa da Sedufsm, o pró-reitor substituto de Planejamento da UFSM, Joeder Soares, afirmou que em 2020 será o mesmo orçamento deste ano, mas com um corte de 30%. Mesmo sem conseguir dimensionar o tamanho do prejuízo, pois ainda existe possibilidade de que o Congresso Nacional altere a proposta do governo, a previsão é bastante pessimista.

Para Soares, as principais ações afetadas serão as finalísticas, ou seja, nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. “A universidade vai ter que concentrar esforços para atender despesas para manutenção, que são os terceirizados, a energia, despesas que a gente consegue reduzir. Mas, existe um mínimo, que sem esse montante a universidade não funciona”. Ele explica que não se pode ficar sem segurança, sem os postos de vigilância. As bolsas de fomento, caso haja esses cortes, também serão duramente afetadas. Pode haver algum prejuízo também para insumos de laboratórios, impacto no restaurante universitário, etc.

A decisão do Ministério da Educação de cortar pela metade o orçamento da Capes, responsável por manter a maior parte das bolsas de mestrado e doutorado no país, também tem gerado incertezas para as instituições federais de ensino. Ainda segundo o ministro da educação, Abraham Weintraub, em entrevista concedida ao ‘Estadão’, a medida foi necessária para garantir que as universidades federais tenham, no ano que vem, quase o mesmo montante de recursos destinados em 2019 para custear suas atividades.

Para 2020, espera-se que somente R$ 2,2 bilhões estejam disponíveis para a Capes, frente os R$ 4,3 bilhões previstos neste ano. Para Soares, a redução no orçamento afetará diretamente o funcionamento da pós-graduação. “O repasse da Capes para o custeio dos programas de pós, que financia tanto o consumo, material de dia a dia, de laboratório, muitas vezes financia eventos da pós-graduação, pode ter impacto nas bolsas, pode haver redução de bolsas de mestrado e doutorado, inclusive nos valores delas. Foi sinalizada uma redução nos valores na tentativa de manter um número, na tentativa de não reduzir o número de bolsistas, então, acredita-se que vai ter algum reflexo desse tipo”, afirmou o pró-reitor substituto.

Andifes e as estratégias

Em relação à resposta que se espera das universidades federais em relação aos cortes, o pró-reitor afirma que a Andifes, fórum competente dos dirigentes de instituições federais de ensino, tem organizado encontros para elaborar estratégias e subsidiar suas decisões e manifestações. “Acredito que a estratégia vai ser sensibilizar o congresso. Cada universidade tem suas bases parlamentares e pode tentar sensibilizar o congresso, demonstrar que o montante que está se destinando é insuficiente”, pontuou o pró-reitor.

Nota da Reitoria

Já no início da noite desta quarta, 4, a reitoria da UFSM publicou no site da instituição um texto intitulado "Nota oficial sobre cortes em bolsas e restrições orçamentárias". A parte introdutória afirma que "o quadro atual de grave restrição orçamentária imposto às universidades federais tem comprometido significativamente o desenvolvimento de suas principais atividades, particularmente no que se refere à manutenção da qualidade de ensino, continuidade das pesquisas, ações de extensão e inovação. Este cenário alarmante tem sido agravado com a redução orçamentária substancial das principais agências de fomento de ensino, pesquisa e extensão como: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e Fundações de Apoio. 

Na UFSM, há fortes repercussões negativas para as bolsas de estudo de pós-graduação, pós-doutoramento, iniciação científica, apoio tecnológico e para a mobilidade acadêmica. Há um prejuízo importante, igualmente, na atualização e manutenção de equipamentos e de insumos para pesquisa. A insegurança e as incertezas vêm forçando a comunidade acadêmica a retardar e adiar projetos estratégicos". Acesse a íntegra da nota oficial


Texto: Amanda Xavier e Lucas Reinehr (estagiários de jornalismo)
Foto: Arquivo/Sedufsm
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

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