Novo corte do MEC atinge 71 bolsas de pós na UFSM SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 05/09/19 16h08m
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Medida do governo Bolsonaro suprime um total de 5.613 bolsas em todo o país

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Reitor Paulo Burmann (d): corte de bolsas simboliza risco à ciência e à soberania nacional

Em função do corte orçamentário feito pelo Ministério da Educação, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) anunciou, na última segunda-feira, 2, o congelamento de 5.613 bolsas em todo o país. Além da Capes, outras agências de fomento de ensino, pesquisa e extensão têm sido afetadas com os cortes, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). De acordo com o presidente da Capes, Anderson Correia, não haverá renovação nem substituição de bolsistas enquanto as verbas não forem descontingenciadas.

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PRPGP) foi informada sobre o corte somente através da imprensa, não sendo repassado nenhum comunicado oficial à UFSM por parte do órgão de fomento. A situação apresentada é o congelamento de 71 das atuais 1.283 bolsas Capes da UFSM, sendo 52 de mestrado, 15 de doutorado e 4 de pós-doutorado, entretanto, é possível que a redução de bolsas continue. Segundo informações da PRPGP, o sistema Capes encontra-se atualmente fechado para o cadastro de novos bolsistas nas modalidades Programa de Demanda Social (DS), Programa de Excelência Acadêmica (PROEX) e Programa Nacional de Pós-doutorado.

Para o reitor da UFSM, Paulo Burmann, o corte nas bolsas simboliza um risco à produção científica e à construção de soberania nacional. “A paralisação do sistema de pesquisa levará, além da migração dos nossos talentos para outros países, alguns anos para retomar a produção de conhecimento, já que as universidades e seus programas de pós-graduação são responsáveis por 90% da ciência produzida no Brasil. É preciso avaliar os impactos deste desmonte no desenvolvimento do país sob a ótica da soberania nacional”, afirma o reitor.

Em maio desse ano, outras bolsas Capes foram cortadas por serem consideradas “ociosas”, e em agosto, o CNPq também sofreu suspensão de bolsas de pesquisa por falta de orçamento. Também na última quarta (4), a UFSM publicou uma nota oficial sobre cortes em bolsas e restrições orçamentarias. No texto, a universidade manifesta “sua contrariedade e perplexidade frente a mais este ataque às universidades e à ciência brasileira, considerando os prejuízos aos estudos, aos professores e suas respectivas pesquisas e aos programas de pós-graduação. Estamos trabalhando junto ao MEC, ao Congresso Nacional e à ANDIFES para a recuperação das bolsas cortadas e para a retomada dos investimentos na área que é estratégica para o Brasil.”
 

 Texto: Lucas Reinehr (estagiário de jornalismo) com informações da assessoria de comunicação do gabinete do Reitor da UFSM
Foto: Ivan Lautert

Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

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