Reitor da UFSM prevê redução de mais de 30% no orçamento em 2020 SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 18/12/19 17h42m
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Em coletiva de imprensa, Paulo Burmann disse que universidade alcançou “limite de resiliência”

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Entrevista coletiva do reitor e do vice-reitor na última terça (17), na sala dos conselhos

2019 foi um ano difícil para as Instituições Federais de Ensino Superior (IFEs) brasileiras, que sofreram com cortes orçamentários, contingenciamento de verbas e com uma sistemática campanha midiática de ataque à imagem dessas instituições perante a opinião pública. Essas dificuldades não parecem que serão muito diferentes em 2020, segundo afirmou o reitor da UFSM, Paulo Burmann, junto com seu vice, Luciano Schuch, em coletiva de imprensa concedida na manhã desta terça, 17. Conforme as explicações de Burmann, 2020 será mais um ano de escassez financeira em que as comunidades acadêmica e santa-mariense terão que lutar para defender a universidade.

O reitor e o vice apresentaram dados e indicadores que demonstram que a UFSM é uma das principais universidades do país e que, apesar dos cortes sucessivos de orçamento desde 2014, vem crescendo. A expectativa da reitoria é que a instituição figure entre as universidades de excelência do país até 2021, alcançando a pontuação máxima no Índice Geral de Cursos (IGC) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.

No limite orçamentário

Apesar de perspectivas positivas quanto à evolução da UFSM, o reitor alerta para a situação financeira limite em que a universidade se encontra. O ano de 2020 deve trazer uma queda de mais de 32% no orçamento da UFSM. O orçamento para a rubrica de custeio (e capital), aquela destinada a sustentar o dia a dia da instituição, deve cair de R$ 142 milhões em 2019 para R$ 96,77 milhões em 2020, caso a previsão orçamentária  seja aprovada pelo Congresso Nacional.

No que se refere à manutenção, os valores caem de R$ 130 milhões para R$ 89 milhões; em relação a investimentos (em obras, etc), a previsão é de que o orçamento, que já chegou a ser de R$ 66 milhões em 2016, e ficou em R$ 12 milhões em 2019, seja rebaixado ainda mais:  R$ 7,6 milhões, em 2020. “A universidade já alcançou seu limite de resiliência neste processo de contingenciamentos”. (Acompanhe a imagem gráfica).

Diz ainda Burmann que “se a UFSM passar a atrasar compromissos no ano que vem, novos cortes terão que ser feitos, mas a custo de muito sacrifício para o funcionamento da universidade”. Este ano, as contas da UFSM foram acompanhadas com apreensão e por mais de uma vez temeu-se até a paralisação de atividades.

O reitor afirma que a instituição como um todo corre o risco de ter que cortar em setores que prejudicariam o funcionamento da universidade. Desde cortes de bebidas e sobremesas no Restaurante Universitário até a possibilidade do fechamento de cursos com baixo índice de ocupação de vagas. Sobre este último risco, o reitor cita um projeto de lei de autoria do deputado Jose Carlos Schiavinato (PP) que tramita na Câmara Federal propõe a extinção de cursos que tenham menos de 50% de suas vagas preenchidas.

Impactos na região

Segundo o levantamento apresentado durante a coletiva, a UFSM já firmou contratos com mais de mil empresas gaúchas desde 2013. São R$ 30 milhões gastos todos os anos com empresas do estado. Além disso, a UFSM tem sido responsável pela formação de várias empresas no modelo startup que movimentaram R$ 50 milhões de reais na economia local no ano de 2018 e que geraram mais de 500 vagas diretas de emprego. Para fins de comparação, uma grande loja varejista recentemente instalada na cidade trouxe 150 novas vagas de emprego. “Some-se a isto os salários de professores e técnico-administrativos, além de estudantes que vivem e consomem em Santa Maria e talvez comecemos a compreender o impacto da UFSM na economia local e regional” afirma o reitor.

Esses dados ligados ao empreendedorismo, transferência de tecnologias e resultados na economia local, já foram usados pela reitoria em outros espaços para argumentar que a UFSM não necessitaria de um programa como o Future-se. Quando questionado sobre o assunto, Burmann afirma que a instituição já se manifestou sobre o tema e rejeitou a adesão a esse programa. Porém, diz que caso o Congresso Nacional aprove a segunda versão do projeto apresentada pelo MEC, ele terá ser apreciado pelos conselhos superiores.

Ainda sobre o Future-se, a assessoria de imprensa da Sedufsm questionou o reitor sobre uma proposta paralela que estaria sendo discutida pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) em um GT conjunto com a Câmara dos Deputados. Esse debate gerou uma reunião em Porto Alegre, no dia 4 de novembro, na UFRGS, da qual participaram membros do Consu da UFSM. O reitor afirmou desconhecer um projeto substitutivo ao Future-se por parte da Andifes.

Texto e fotos: Ivan Lautert

Edição: Fritz R. Nunes

Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

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