Confusão no MEC e proibição de contratações tumultua vida de universidades
Publicada em
28/01/20 19h02m
Atualizada em
28/01/20 19h02m
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Equívocos geraram suspensão do Sisu. Instituições não podem repor técnicos e docentes
Os defensores do atual governo argumentam que 2020 seria o primeiro ano do governo Bolsonaro, tendo em vista que muitas coisas feitas em 2019, inclusive em termos orçamentários, ainda eram uma herança do governo anterior (Michel Temer). No entanto, administrar recursos e questões ligadas à educação de forma autônoma tem gerado situações confusas, que ameaçam, por exemplo, o normal funcionamento das universidades federais.
Depois de uma barbeiragem que atingiu, admitido pelo próprio Ministério da Educação, seis mil estudantes, a Justiça suspendeu a divulgação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que acabou liberada na tarde desta terça, 28, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Neste mesmo dia, mais cedo, o presidente da Associação dos Dirigentes das Ifes (Andifes), João Carlos Salles, havia manifestado preocupação com a situação. Conforme disse ao UOL, "qualquer atraso pode fazer com que as vagas não sejam preenchidas suficientemente para um começo adequado das aulas”, avaliou.
Mas, esse não é o único problema enfrentado pelas universidades. Além dos cortes orçamentários, como já registramos em matérias anteriores, que afetam o custeio e os investimentos, bem como a assistência estudantil, há a situação envolvendo as contratações de docentes e técnico-administrativos. No dia 8 de janeiro, conforme noticiamos aqui, a Sesu/MEC reiterou, através de ofício, que estava em pleno vigor, decreto do ano passado, que não desautorizava “provimento de cargos de docentes e técnicos”.
Havia uma expectativa de que, após a promulgação da Lei Orçamentária (LOA), que acabou correndo em 20 de janeiro, que o governo informaria às universidades sobre os limites autorizativos para as contratações de servidores. Após contato da assessoria de imprensa nesta segunda (27) com o vice-reitor da UFSM, professor Luciano Schuch (que está em férias), ele informou: “ainda espero o MEC definir nosso limite financeiro para contratações. Ainda não podemos nomear ninguém”, enfatizou o vice.
Texto: Fritz R. Nunes
Foto: Arquivo
Assessoria de imprensa da Sedufsm