Capitais registram manifestações contra Bolsonaro e pelos direitos democráticos
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Atualizada em
01/06/20 18h05m
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Protestos denunciaram violência policial racista e ações antidemocráticas do governo
No último domingo, 31, manifestantes realizaram protestos em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre contra o governo Bolsonaro e em defesa dos direitos democráticos. A CSP-Conlutas defendeu nos atos o Fora Bolsonaro e Mourão, e o apoio aos protestos antirracistas nos EUA, que se levantou contra o assassinato de George Floyd por um policial branco.
Nos EUA também ocorreram manifestações massivas no sexto dia de intensos protestos contra a morte de Floyd, morador da cidade de Minneapolis, capital de Minnesota, onde eclodiram as manifestações mais radicalizadas.
Os protestos em defesa da democracia aqui no Brasil e contra o assassinato de negros nos EUA por policiais se contrapõem à violenta e criminosa política em ambos os países, em que seus presidentes agem em consonância e propagam o racismo e limitam liberdades democráticas.
Enquanto brasileiros iam às ruas contra o racismo e a contra a ameaça às liberdades democráticas, Bolsonaro participava de um ato em Brasília promovido por seus apoiadores que defendia medidas anticonstitucionais, como o fechamento do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e a intervenção militar. O presidente, inicialmente, acompanhou a manifestação de helicóptero e em seguida à cavalo, junto à patrulha militar.
O menino negro de 14 anos João Pedro, morto pela polícia no Salgueiro, em São Gonçalo, foi o caso mais recente e reforça essa realidade de opressões. Assim como Floyd, morto, asfixiado por um policial branco. Casos que reforçam a política de genocídio alimentada pelo capitalismo contra os negros e pobres em todo o mundo.
Repressão na Avenida Paulista
Em São Paulo houve um ato na Av. Paulista, convocado pelas torcidas organizadas de clubes de futebol paulista, que foi reprimido pela polícia, após se encontrar com manifestantes de outro ato pró-bolsonaristas.
O momento foi de muita tensão. De acordo com o advogado da CSP-Conlutas, Waldemir Soares, a repressão começou após provocação dos manifestantes pró-bolsonaro. “Depois da provocação de dois manifestantes, que tentaram passar pelo meio da torcida organizada, começou o tumulto, a partir daí, com algumas pessoas feridas no chão, e a polícia avançando”, relatou.
A polícia agiu com extrema truculência, apenas contra os manifestantes pró-democracia, enquanto os pró-bolsonaristas não foram atingidos.
Protesto no Rio
Também na manhã do domingo, 31, a CSP-Conlutas-RJ, com grupo de trabalhadores e trabalhadoras, fez protesto simbólico, no posto 8, em Ipanema. Os manifestantes exigiam emprego e condições de trabalho para os profissionais de saúde, protestaram contra o Estado racista e seu braço armado, que mata todos os dias jovens negros favelados e periféricos no Brasil e no mundo e pelo Fora Bolsonaro e Mourão. Respeitando distanciamento e com uso de máscaras, a manifestação se solidarizou também com os protestos nos EUA.
Integraram a atividade o movimento nacional Quilombo Raça e Classe, filiado à Central, trabalhadores desempregados do Comperj e profissionais da saúde e a CSP-Conlutas/RJ.
Fonte e fotos: CSP-Conlutas
Edição: Bruna Homrich
Assessoria de Imprensa da Sedufsm