Escolas não possuem infraestrutura para atender protocolos
Publicada em
19/10/20 18h50m
Atualizada em
19/10/20 18h56m
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Andréa Ortiz, professora da rede estadual, falou da retomada das aulas em entrevista no Ponto de Pauta
Com atividades presenciais suspensas desde março, trabalhadores e trabalhadoras da educação de todo o estado vivem dias de apreensão. Isso porque, aos poucos, os diferentes níveis da educação passam a ter autorização para a retomada das atividades presenciais, conforme calendário divulgado pelo governo do estado. É o caso do ensino médio da rede estadual, por exemplo, que, segundo o calendário apresentado pelo governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), pode retomar as atividades em formato presencial a partir dessa terça, dia 20. Embora a decisão da reabertura das escolas tenha também se tornado um cabo de guerra entre governo do estado e prefeituras, são os trabalhadores e as trabalhadoras da educação que vivem dias de apreensão, na iminência da retomada das atividades presenciais mesmo em cenários de aumento do número de casos de Covid-19.
É com interesse em entender melhor esse cenário, que a mais recente edição do Ponto de Pauta entrevistou Andréa Ortiz, professora da rede estadual, integrante da Executiva Estadual da CSP-Conlutas e da oposição do Cpers Sindicato. E o relato de Andréa não é nada animador. Segundo a professora, a realidade das escolas não corresponde às exigências dos protocolos de segurança sanitária propostos pelo governo. Como exemplo, Andréa cita a necessidade do uso dos equipamentos de proteção individual, os EPI’s. Ao contrário do que afirma o governo – que inclusive menciona as cifras investidas na aquisição de EPI’s com destino exclusivo para a educação – as escolas, em muitos casos, adquirem tais equipamentos a patir de investimentos do seu caixa ou até do próprio bolso de trabalhadoras e trabalhadores. Além disso, faltam também profissionais. Dentre as determinações dos protocolos de saúde, Andréa menciona a exigência de que os banheiros das escolas sejam higienizados a cada uso individual. Contudo, segundo a educadora, não existem escolas que trabalhem com um quadro de profissionais ideal, situação que já é anterior à pandemia. Ou seja: se a realidade das escolas já é de falta de equipes para o cotidiano, em um contexto excepcional nem se fala.
Essas são apenas duas questões abordadas por Andréa Ortiz, professora da rede estadual e integrante da Executiva Estadual da CSP-Conlutas e da oposição do Cpers Sindicato. A entrevista completa – a primeira do Ponto de Pauta com gravações via videoconferência – pode ser conferida no player abaixo.
Texto: Rafael Balbueno
Imagem: Divulgação
Assessoria de Imprensa da Sedufsm