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20/11/2020 20/11/20 11h04 | A+ A- | 410 visualizações
Sextou na quarentena! Nesta sexta, 20, a dica cultural vem do professor do departamento de Turismo da UFSM, Gilvan Dockhorn, que além de historiador, trabalha com o cineclubismo e a construção do conhecimento. A sugestão do professor é para um filme que concorreu ao Oscar, em 2020, que traz uma visão satírica a partir do olhar de uma criança, sobre o nazismo e seus efeitos para a sociedade. O pano de fundo é o nazismo, mas a temática serve para denunciar qualquer regime totalitário, ou mesmo a opressão que condena à morte, negros, mulheres e LGBTs no Brasil e no mundo. Aliás, uma pauta apropriada para a reflexão nesse 20 de novembro, dia da Consciência Negra.
“Em tempos onde são discursos comuns as revisões históricas, negacionismos e “pós”-verdade (o que se poderia dizer, mentira!), principalmente em sociedades que abraçam soluções conservadoras extremistas e não democráticas, se torna urgente reafirmar o absurdo do fascismo e do racismo e, no mesmo movimento, criticar a alienante adesão aos discursos (e práticas) dos regimes totalitários.
“Jojo Rabbit” (que venceu o Oscar de roteiro adaptado em 2020, pois baseado no livro “Caging Skies” de Christine Leunens), se utiliza de uma fina ironia e de uma forma de sátira infantil como ferramenta narrativa para contar a história de Johannes Betzler, o Jojo, um guri de 10 anos (Roman Griffin Davis em atuação impecável), ligado à juventude nazista (cujo amigo imaginário é um impagável Hitler, interpretado por Watiti, o diretor do filme) em um contexto da já inevitável derrota da Alemanha.
Seu ideário nazista e seu ódio (ou medo) aos judeus são colocados em contradição ao descobrir que sua mãe Rosie (Scarlett Johansson) é ligada à resistência ao nazismo e esconde em casa uma jovem judia, Elsa (Thomasin McKenzie). Destaque para a segura atuação de Scarlett que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de atriz coadjuvante. As interpretações são um dos pontos altos do filme, como a de Archie Yates, (o simpático Yorki, melhor amigo de Jojo), Sam Rockwell e Alfie Allen.
O filme aborda de forma inteligente a banalização do mal e tem sequências fantásticas como a abertura em paralelo da histeria provocada pelos Beatles (ao som de I Want to Hold Your Hand) com cenas da devoção à Hitler em manifestações públicas. Impressiona a fotografia (que acompanha a desconstrução das ideias nazistas de Jojo), a direção de arte e a trilha sonora (o final, ao som de ‘Heroes’ de David Bowie é potente, comovente e delicado). "Jojo Rabbit" é um filme necessário para o momento que vivemos, pois mostra que, mesmo através do imaginário infantil, a desumanização coletiva daqueles que julgamos inimigos ou inferiores apenas se sustenta com a alienação e a imbecilização da sociedade.”
Gilvan Odival Veiga Dockhorn
Graduado mestre e doutor em História.
Professor lotado no departamento de Turismo da UFSM.
Edição: Fritz R. Nunes
Imagens: DVDslists e arquivo/Sedufsmnaz
Assessoria de imprensa da Sedufsm
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