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Reflexões Docentes

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Maradona e a bola

27/11/2020

Antonio Guilherme Schmitz Filho
Professor do departamento de Desportos Coletivos do CEFD

Espetacular entre os espetaculares; bola e Maradona foram um só: sonata, poesia, tango, carnaval, folia. A vida foi intensa para ele e a intensidade nos arrebatou. Estamos todos sofridos, saudosos, mas gratos por tudo aquilo que ele desenhou com os pés.

Um adversário acima dos adversários, admirado, odiado, idolatrado, mas sempre humano; nunca empurrou nada para debaixo do tapete. Apaixonado por sua pátria, por seu Clube, jogava com o coração. Maradona é e foi Maradona, ponto! Legou e não restam dúvidas sobre isso.

Sempre de bate-pronto, surpreendia mais do que era surpreendido, torcia no meio da galera, era e foi povão sempre, um olimpiano humano. Seus pés de barro, nunca descolaram do chão batido, local em que a bola precisa de carinho, caso contrário não rola. E ao contrário, quando a fazia voar em lindos e insuperáveis malabarismos, só ele e ela, sua grande paixão; sempre foram um só. Ganhou o mundo e o mundo não o esquece, é simplesmente eterno.

Maradona, único, pequenino e ao mesmo tempo gigante. Forte, sutil, ágil, esguio. Fazia fila, ou melhor a fila se formava a sua frente e por todos os lados; e ele e a sua paixão, em unidade, transcendiam, desapareciam, surgiam do nada, voltavam para o nada, buscavam gols e passes e pulverizavam lindos lances pelos gramados. Magia, dom, alquimia das chuteiras!

Don Diego, insuperável, quando adversário insuportável, porque ele e ela faziam de tudo e nada os parava. Don Diego pairava em outro nível, abstração do próprio jogo, que ele parecia jogar brincando, entre pedras, buracos, poças d´água, imaginários. O jogo dele, não era o nosso, com certeza nunca foi. E aquele com atrevimento suficiente para descrever, não terá vocabulário e interpretação, melhor sublimar é o que nos resta.

Sublime transe que envolve e continuará envolvendo todos que admiram o artista, a obra e os esboços, que por vezes ficam guardados para sempre!

Carismático, carrega multidões, joga com as emoções, balança e contrabalança, alegrias e tristezas. Don Diego é festa ao passar. Nada com ele é no silêncio, até a despedida fervilha, todos se agitam. A alegria não quer ir embora, não combina com um simples adeus à Maradona.

Só por brincadeira, resolveu agitar a nação, passou pela Casa Rosada e em um último ato, assumiu o comando dos argentinos. Tirou todos do isolamento e por magia tudo de ruim restou ao lado, porque Don Diego é MARADONA!

 




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