Dica cultural: professor indica filme “O fascismo de todos os dias” SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 27/02/21 10h36m
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Sérgio Prieb faz analogia com Brasil de Bolsonaro e categoriza filme como ‘imprescindível’

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Mesmo quando parece ser um fenômeno totalmente superado pela memória coletiva e pelo avanço democrático, o fascismo ainda pode aportar alguns de seus tentáculos em capítulos recentes da nossa história. Na dica cultural desta semana, o professor Sérgio Prieb, do departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSM, comenta um filme que, ao relembrar o regime nazi-fascista alemão, traz elementos que reforçam a importância de nos mantermos vigilantes frente a possíveis flertes e resgates de terror e autoritarismo.

O filme está disponível para visualização online aqui: https://archive.org/details/FascismodeTodosOsDias1965.

"O FASCISMO DE TODOS OS DIAS

Diretor: Mikhail Romm

País: União Soviética

Ano de produção: 1965

Estúdio: Mosfilm

Este é um filme ainda muito pouco conhecido, poucos espectadores fora do leste europeu o assistiram ou sequer ouviram falar. Conta-se que ao término de sua exibição de estreia, em Leipzig na Alemanha Ocidental, a plateia ficou 10 minutos em silêncio, as cenas eram pesadas demais mesmo para uma plateia que vivenciara tudo aquilo, talvez tendo até apoiado o movimento político que executava aquelas ações, o nazi-fascismo.

O que mais surpreende no filme do diretor Mikhail Romm é que as fotos mostradas foram em sua grande maioria retiradas dos pertences pessoais de soldados nazistas mortos, feridos ou presos. Os nazistas traziam aquelas fotos como uma espécie de “lembrança de guerra”, junto com as de suas mães, pais, esposas e filhos. O diretor alterna cenas de guerra com cenas de paz, utiliza cortes de imagens fora do convencional, com um resultado que choca o espectador.

O filme de 1965 mostra que aquele horror que a humanidade conheceu chamado fascismo está sempre à espreita, podendo ressurgir a qualquer momento. É sempre oportuno ver a origem da máxima: “Brasil acima de tudo, e Deus acima de todos!”, basta trocar Brasil de Bolsonaro por Alemanha de Hitler. Um filme imprescindível!

Sérgio Prieb

Professor Titular do Dep. de Economia e Relações Internacionais da UFSM"

 

Edição: Bruna Homrich

Imagens: CPC-UMES Filmes e Arquivo Pessoal 

Assessoria de Imprensa da Sedufsm 

 

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