Diretor de sindicato da UFFS critica expansão mal planejada
Publicada em
26/02/15 11h32m
Atualizada em
26/02/15 11h37m
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Federal da Fronteira Sul sofre com a precarização, relata dirigente do Sinduffs
E se a situação está difícil para as universidades de grande porte, que estão começando a sofrer na pele o ajuste fiscal do governo, o que se pode dizer das instituições mais recentes, que resultaram da expansão aligeirada. “Vivemos uma sobrecarga intensa de trabalho devido à insuficiência de concursos para novos docentes. Sofremos o efeito de uma expansão mal planejada”, relata o diretor da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal da Fronteira Sul (Sinduffs), Leonardo Santos, que está em Brasília, participando do 34º Congresso do ANDES-SN.
A UFFS é resultado de uma inovação em termos de universidade, que é a multicampia. A instituição está sediada em cidades de três estados do sul do Brasil: Chapecó-SC (lotação do professor Leonardo Santos), Passo Fundo, Erechim e Carro Largo- RS, e Realeza e Laranjeiras do Sul, ambas no Paraná. Contudo, é justamente essa característica multicampi que também tem causado dificuldades em o governo suprir todas as demandas da instituição.
A sobrecarga de trabalho é apenas um dos problemas enfrentados, mas que afeta diretamente a qualidade das aulas, já que os docentes, para dar conta da demanda de alunos, acabam por ter que atender um número grande de disciplinas. Mas há ainda outros obstáculos, como por exemplo, a falta de laboratórios próprios.
Santos aguarda com grande expectativa o processo em curso na UFFS, que é a primeira eleição do reitor de forma direta pela comunidade universitária. Até então, o dirigente da instituição era nomeado pelo Ministério da Educação. Para o diretor do Sinduffs, esse novo panorama pode aperfeiçoar o diálogo interno.
Texto: Fritz R. Nunes
Foto: Bruna Homrich
Assessoria de imprensa da Sedufsm