Nova diretoria da Sedufsm tem primeira reunião com reitoria da UFSM
Publicada em
18/01/21 20h34m
Atualizada em
18/01/21 20h52m
1022 Visualizações
Sindicato abordou temas como calendário acadêmico, férias docentes, agenda de reuniões e sede no campus
A diretoria da Sedufsm, gestão ‘Renova’, que assumiu no último dia 3 de dezembro, teve na tarde desta segunda, 18, a primeira audiência com a reitoria da UFSM. Participaram do encontro virtual, a presidenta, professora Laura Regina da Fonseca, o vice-presidente, Ascísio Pereira, e a diretora de comunicação, professora Neila Baldi, além do reitor, professor Paulo Burmann, e o vice-reitor, professor Luciano Schuch.
Um dos pontos do encontro foi a reivindicação colocada pelos dirigentes sindicais em relação à garantia de um direito importante, mesmo em período de ensino remoto, que é o das férias docentes de 45 dias. Para que haja esse respeito, o calendário acadêmico precisa ser elaborado de uma forma que esse direito possa ser efetivado.
Na visão colocada pelos diretores, o ensino remoto tem gerado uma carga de trabalho tão grande ou pior do que quando se está na atividade presencial. Da mesma forma, os estudantes também se sentem sobrecarregados, disse a professora Neila Baldi. Tanto o vice-reitor, Luciano Schuch, quanto o reitor, Paulo Burmann, se manifestaram no sentido de que há convergência de visões em relação ao que pensa sobre o quesito de realização de um intervalo entre os calendários de 2020 e 2021.
Conforme o reitor, o que a Administração vem pensando é de que haja um intervalo de pelo menos 30 dias entre o final do segundo semestre de 2020, que se dará na segunda quinzena de fevereiro, e o primeiro semestre de 2021. Isso, levando em conta que não se cumprirá o calendário complementar, previsto na decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), em 2020, na medida em que a presencialidade está descartada em função da ausência de imunização da comunidade da UFSM. Todavia, Burmann e Schuch foram claros no sentido de que a questão sobre o intervalo entre os dois semestres preencher o período de 45 dias, ou apenas 30/40 dias, terá de ser levada para o debate nos conselhos superiores (Cepe e Consun), cujos membros terão a palavra final no assunto.
A presidenta da Sedufsm, Laura Regina da Fonseca, destacou que a visão da gestão é semelhante no que se refere ao tema do retorno ao presencial somente depois que todos tenham acesso à vacina contra a Covid-19. Os diretores do sindicato também enfatizaram que a entidade está aberta a discutir com a reitoria a questão do calendário acadêmico e outros pontos que afetam a categoria, pois esse é o papel da entidade, fazer a interlocução sobre temas que afetam as (os) docentes.
Calendário de encontros
Desde o início da reunião, a diretoria da seção sindical expressou a ideia de que, na visão do grupo que assumiu em dezembro, é importante manter a interlocução com a reitoria, e que seja estabelecido um diálogo “propositivo, construtivo, mas que não seja acrítico”. Nessa linha de pensamento, o entendimento da seção sindical é pela construção de um calendário de reuniões com a Administração. Tanto Burmann quanto Schuch concordaram com a ideia de construir esse calendário, e que possivelmente poderia haver uma agenda mensal, conforme probabilizou a presidenta do sindicato, professora Laura.
Sede no campus
O tema sobre a sede do sindicato no campus foi introduzido pelo vice-presidente, professor Ascísio Pereira. Ele destacou que essa questão é uma demanda antiga, mas sem um encaminhamento concreto. Ascísio ressaltou alguns aspectos que tornam esse tema importante, como a necessidade de a Sedufsm estar mais próxima da categoria. A presidenta, Laura Fonseca, comentou que apesar de esse ser um assunto já antigo, não houve repasse ou uma atualização a respeito por parte da diretoria anterior da seção sindical.
O reitor Paulo Burmann abordou o tema destacando que, realmente, o pedido de uma sede do sindicato no campus vem de bastante tempo, e que iniciou mais ou menos quando ele passou pela diretoria da Sedufsm, no início dos anos 2 mil. Entretanto, já na sua gestão na reitoria, se reuniu algumas vezes com a diretoria da Sedufsm da época e uma proposta foi discutida, apesar de não ter sido levada adiante.
A partir da consulta à Procuradoria Jurídica Federal, o que se construiu foi uma proposição em que, a UFSM cederia uma área no campus em comodato por um determinado período. E a primeira área a ser ventilada foi uma próxima ao trevo do Jardim Botânico. Entretanto, essa cedência só poderia ocorrer, conforme análise jurídica, mediante uma chamada pública que abrisse para outras entidades e associações sem fins lucrativos interessadas. Depois desses encaminhamentos, o assunto acabou estagnado. Conforme Burmann, o processo encontra-se na pró-reitoria de Administração, e poderá ter sua discussão retomada se for do interesse da Sedufsm.
Com base nessas informações, a professora Laura Regina da Fonseca disse que a sede no campus poderia ser um dos pontos a constar da pauta da próxima reunião da seção sindical com a Administração Central.
Ao final da reunião, que durou pouco mais de uma hora, as diretoras e o diretor da Sedufsm, mais uma vez ressaltaram a importância de ter um canal de diálogo com a reitoria, o que foi reforçado pelo reitor Burmann e seu vice, Luciano Schuch, segundo os quais, diálogo não significa adesão. Argumentaram ainda que cada representação tem seu papel definido, o que não impede a relação institucional.
Texto e imagens (prints): Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm