Reitor da UFSM constata orçamento 21% menor em relação a 2020
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28/04/21 17h27m
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Burmann afirma que universidade vive pior cenário financeiro de todos os tempos
As universidades federais vivenciam um momento dramático nestes primeiros meses de 2021. Depois de muitos ruídos entre governo federal e Congresso Nacional, a lei orçamentária foi sancionada pelo presidente da República com a retirada de R$ 1,1 bilhão das instituições federais. No caso da UFSM, a redução do orçamento em relação a 2020 corresponde a 21%, explicou o reitor Paulo Burmann, durante a sessão do Conselho Universitário (Consu) ocorrida na manhã desta quarta, 28, em modo on-line. Segundo o dirigente, a UFSM vive “um dos piores cenários financeiros de todos os tempos”.
A situação é mais agravada ainda pelo fato de que, mesmo com um orçamento reduzido em mais de 20%, o recurso tem um percentual de 60% bloqueado. As universidades, contou o reitor, têm recebido 40% de um orçamento que já é bastante inferior ao do ano passado, que também havia sido cortado. Dessa forma, segundo disse Burmann, em quatro meses deste ano, a UFSM já consumiu 40% do total orçamentário. Isso, ao se falar em verba para custeio, pois quando se fala em investimento, esse capital foi reduzido a nada, frisou o reitor.
Em sua explanação, o dirigente afirmou que o que está acontecendo com orçamento é um “fato gravíssimo”. Ao invés de discutir o recurso das universidades com o MEC e o Ministério da Economia, os (as) reitores (as) terão que se deslocar até o Congresso Nacional, tentando obter verba através de emendas parlamentares. Para o reitor, essa é uma situação “nunca antes vista” que demonstra o quanto a educação, na prática, não é prioridade.
Na última terça, 27, o site da Sedufsm já havia trazido informações sobre os cortes orçamentários na educação e seus reflexos nas universidades. Confira aqui a matéria.
Texto: Fritz R. Nunes
Imagem: Print
Assessoria de imprensa da Sedufsm