Estudantes indígenas da UFRGS mobilizam-se para garantir moradia estudantil SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 18/03/22 18h11m
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Movimento indígena retoma (ocupa) prédio municipal desde o dia 7 de março

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Estudantes indígenas retomam, desde o último dia 7 de março, um prédio da Prefeitura de Porto Alegre, localizado na entrada do Túnel da Conceição. O objetivo da retomada – termo cunhado pelo movimento indígena para indicar aquilo que, na cultura branca, é chamado de ‘ocupação’ – é a exigência de que a universidade garanta moradia indígena às e aos estudantes.

Em entrevista à Assessoria de Imprensa da Sedufsm, Marcos Kaingang, liderança indígena e assessor do Conselho de Missão entre Povos Indígenas (COMIN), explicou que o prédio retomado pelo movimento havia sido cedido pela prefeitura para a UFRGS, que acabou optando por devolvê-lo ao poder municipal.

“Os[as] estudantes já vêm reivindicando desde 2016 a moradia estudantil específica para indígenas. A universidade nunca deu andamento para essa demanda dos[as] estudantes indígenas. Foram abertos vários processos, protocolos, reuniões e nada avançou. Então diante da situação inviável, do alto número de estudantes e alguns sem poderem ficar na Casa do Estudante tradicional, que veda crianças e familiares, optaram por ocupar o prédio da prefeitura que estava cedido para a UFRGS e que a universidade optou por não querer mais no momento”, conta Marcos.

Ele explica que o movimento já chamou a UFRGS e a prefeitura para abrirem negociações, mas até o momento não há nada concreto. Inclusive, recentemente a prefeitura pediu a reintegração de posse do prédio ocupado pelos[as] indígenas.

“Enquanto isso segue a mobilização. O Ministério Público Federal também tem atuado para defender os direitos dos estudantes e das crianças indígenas. Está muito difícil avançar nesse diálogo com a UFRGS porque a reitoria inicialmente não está muito disposta. O MPF ficou de acionar mais ativamente a UFRGS para ver quais encaminhamentos concretos ela tem para dar. Se não, o MPF vai judicializar uma ação civil pública contra a UFRGS pedindo providências com relação à moradia estudantil para indígenas na universidade”, partilha a liderança Kaingang.

Marcos, que é recém graduado no curso de Direito pela UFRGS, comenta ainda que o movimento está tentando derrubar judicialmente a liminar de reintegração e que a ocupação se mantém.

Ocupação do salão nobre

Mais um episódio da mobilização indígena em defesa de condições de permanência na universidade foi registrado em 10 de março, quando dezenas de estudantes e apoiadores[as] ocuparam o Salão Nobre da UFRGS como forma de pressionar a reitoria a resolver o problema da moradia indígena.

Na ocasião, a reitoria assinou documento comprometendo-se a abrir negociações com a prefeitura de Porto Alegre para a doação de um prédio destinado à moradia. Até então, no entanto, nenhuma solução concreta foi apresentada.

Para acompanhar o movimento diariamente siga a página “Juventude Indígena sul” no Instagram.

Veja, abaixo, algumas fotos: 

Texto: Bruna Homrich

Imagens: Cedidas por Marcos Kaingang

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

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