Dica: conhecer a discografia do ‘imortal’ Gilberto Gil SVG: calendario Publicada em 15/07/22 14h59m
SVG: atualizacao Atualizada em 15/07/22 15h03m
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Professor Gérson Werlang fala sobre importância da obra do cantor e compositor baiano

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Gilberto Gil, 80 anos completados em 26 de junho

Sextou! Nesta sexta, 15 de julho, a dica cultural é para conhecer um pouco mais sobre a obra do agora “imortal”, Gilberto Passos Gil Moreira, ou simplesmente, Gilberto Gil. Baiano de Salvador, Gil completou 80 anos no último dia 26 de junho. Para resumir um pouco sobre a contribuição poética, política e humanista desse cantor, compositor, ganhador de prêmios nacionais e internacionais de música, o professor Gérson Werlang, do departamento de Música da UFSM, assina o texto de hoje. Boa leitura!

“Gil aos 80

Gilberto Gil completou 80 anos recentemente. A imprensa tem noticiado o fato com generosidade, plena de homenagens, retrospectivas, entrevistas & documentários. Pediram-me que escrevesse um texto sobre ele e o advento do aniversário, e percebo que apenas escolhas pessoais justificariam um texto meu sobre ele, diante de tantas opções de acesso à sua obra neste momento.

Meu primeiro contato com Gil se deu a meio caminho de sua obra, lá por 1980 ou 81. Lembro-me de vídeos de suas músicas que passavam na televisão, que naquele momento começavam a se tornar mais frequentes. Difícil não lembrar dos comentários de familiares e de amigos de meus pais, nem sempre positivos, que refletiam o preconceito racial e comportamental (então?) vigente no interior do Rio Grande do Sul.

Aquilo que lhes causava repúdio foi o que me atraiu: “Gostei”!, decidi, do alto dos meus onze anos de idade. Nunca mais saí dessa trilha.

Da primeira fase de Gil, aquela que vai desde os primórdios até 1975, meu disco predileto é o Refazenda, de 1975 mesmo, o primeiro da trilogia “re”, que se completaria com os também fundamentais Refavela (de 1977) e Realce (de 1979). Refazenda é o auge do namoro de Gil com a macrobiótica, um disco repleto de referencias à natureza, e um marco para a minha trajetória quando o descobri, lá pelo meio da década de oitenta do século passado.

Da fase seguinte, que vai até 1985, a decisão é mais difícil. Muitos discos bons e que me marcaram, cada um a seu modo. Desde as releituras de Bob Marley (“Não Chores Mais”, versão para o reggae “No Woman, No Cry”, de Vincent Ford, eternizada por Marley) e Caymmi (“Marina”) em Realce; ou as seminais “Palco” do disco Luar, de 1981, ou “Drão”, de Um Banda Um, de 1982. Difíceis escolhas. Melhor ficar com tudo.

Depois de 1985, durante os anos noventa e início dos dois mil, Gil nunca deixou de se renovar e apontar seu telescópio para as mais diversas temáticas. Reavalidou suas relações com o reggae, de que foi precursor no Brasil, em Kaya N’Gan Daya, de 2002; ou com o forró, na trilha sonora de Eu, Tu, Eles, de 2000.
Toda essa atuação, que passa também pela política (Gil foi um dos melhores ministros da cultura que já passaram pelo cargo), foi coroada com sua recente eleição à Academia Brasileira de Letras, num de seus períodos mais interessantes e desanuviados.  Por essas e tantas outras, só o que resta é dizer: parabéns, Gil!”.


Gérson Werlang
Professor do departamento de Música da UFSM.

 

Imagens: EBC e site de Gil
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

 

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