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13/03/2023 17h30m 13/03/2023 17h35m | A+ A- | 89 visualizações
27/02/23: familiares fazem vigília em frente ao TJ-RS e garantem admissão de recursos que questionam anulação do júri
Está no ar a vaquinha online “Boate Kiss – 10 anos sem justiça”, organizada pela Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, com o objetivo de arrecadar contribuições financeiras para a mobilização por justiça e responsabilização para as 242 mortes e mais de 600 sobreviventes do incêndio. A motivação central é, conforme explica Flávio Silva, ex-presidente da AVTSM, montar uma vigília em Brasília, mais especificamente em frente ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), que devem julgar os recursos do Ministério Público do Rio Grande do Sul acerca da anulação do júri popular ocorrido em agosto de 2022.
Na página da vaquinha, que pode ser acessada aqui, a Associação escreve o seguinte:
“A busca por justiça para o caso Kiss continua. O recurso que pode reverter a anulação do Júri Popular já seguiu para Brasília. A partir de agora, os pais que perderam os filhos na boate vão iniciar uma vigília, por tempo indeterminado, na capital do Distrito Federal. O objetivo é que eles só saiam de lá quando o recurso for julgado. A decisão é uma forma de evitar a prescrição do crime. Se puderem, colaborem com o custeio para a permanência das famílias em Brasília. Afinal, a luta por justiça é coletiva. Contamos com seu apoio”.
Após os encaminhamentos de Brasília, a vigília deve se deslocar para Porto Alegre, onde devem ser julgadas, posteriormente, a redução das penas.
“A ideia é montarmos uma vigília em frente ao prédio do STF para cobrar que seja dada a prioridade total no julgamento desse recurso. O objetivo é tornarmos sem efeito esse julgamento que anulou o júri em POA. E depois esse processo vai voltar para cá para julgar a redução das penas que já tinham sido arguidas pelas defesas. Vamos ter que, depois dessa estadia em Brasília, voltar a POA e montar vigília na frente do TJ-RS, para que ele julgue o mais rápido possível essa redução das penas. Queremos que o trânsito em julgado desses processos acabe esse ano, porque não temos mais condições de saúde para esperar. Já perdemos oito pais e mães de vítimas”, explica Silva, que é pai de Andrielle, uma das vítimas fatais do incêndio.
A anulação do júri revogou a prisão dos quatro réus condenados no caso Kiss: Kiss Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann (sócios da boate); Marcelo de Jesus dos Santos (vocalista da Banda Gurizada Fandangueira) e Luciano Bonilha Leão (auxiliar do conjunto musical).
Texto: Bruna Homrich
Imagem: AVTSM
Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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