Ambiente da universidade ainda é altamente masculinista, diz professora SVG: calendario Publicada em 13/03/25
SVG: atualizacao Atualizada em 14/03/25 10h56m
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Milena Freire, do departamento de Ciências da Comunicação da UFSM, foi a entrevistada do 101º Ponto de Pauta

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O caráter produtivista e quantitativo da carreira docente penaliza especialmente as mulheres, que, embora consigam ingressar nas universidades como estudantes ou mesmo como professoras, têm de equilibrar muitos pratos para dar conta da vida profissional e, ainda, das tarefas de cuidado a elas destinadas. A avaliação é da professora Milena Freire, do departamento de Ciências da Comunicação da UFSM, que foi entrevistada na 101ª edição do Ponto de Pauta, o programa de entrevistas da Sedufsm.

Com o tema “Desigualdade de Gênero na Academia”, a entrevista de cerca de 44 minutos passeia por uma série de pontos fundamentais para a luta das mulheres e, em especial, das mulheres que se dedicam à docência e à ciência. Para Milena, que coordena o Grupo de Pesquisa Comunicação, Gênero e Desigualdades (UFSM/ CNPq), tanto o ambiente da universidade quanto a própria ciência ainda são bastante masculinistas, o que contribui para invisibilizar a sobrecarga física e psíquica vivenciada pelas mulheres.

Docentes que são mães, por exemplo, enfrentam um duro cenário acadêmico após a chegada do filho ou filha. Milena cita um estudo que aponta uma queda de produção acadêmica após o nascimento do bebê. Produção que só volta a subir quando a criança já atingiu cerca de cinco anos.

“Imagina que eu estou aqui, eu tive o filho, a minha produção caiu, a dos meus pares continua. Então é como se eu tivesse um Fusca e tivesse que depois começar a competir com uma Ferrari. Essas pessoas andaram cinco anos, o que eu vou fazer com o meu Fusquinha? Por mais que eu tente, eu não vou chegar, eu não vou dar conta desses cinco anos. Então eu já estou para trás, é um fato”, problematizou a entrevistada do Ponto de Pauta. Para corrigir tratamento tão desigual, ela propõe a instituição de políticas de compensação dentro das universidades.

Um exemplo citado por Milena é que os concursos públicos considerem dois anos a mais na produção das mulheres que se tornaram mães. Então, ao invés de se computarem os últimos cinco anos de produção, como usualmente é feito, os processos seletivos acrescentariam a produção dos dois anos anteriores ao nascimento do filho ou filha. 

Esses foram apenas alguns trechos do bate-papo, que teceu críticas, ainda, à carência de mulheres nas posições de destaque e poder dentro das universidades e à necessidade imperiosa e constante de as mulheres provarem competência para serem consideradas.

Assista a íntegra do 'Ponto de Pauta' abaixo ou no canal de Youtube da Sedufsm. Também é possível ouvir a entrevista no Spotify clicando aqui. 

Texto: Bruna Homrich

Arte: Italo de Paula

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

 

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