Mobilização do funcionalismo segura votação da PEC 32 em Brasília
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Atualizada em
20/10/21 15h43m
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Três diretores(as) da Sedufsm participam de mobilizações na Câmara dos Deputados durante esta semana
Se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20 ainda não foi à votação no plenário da Câmara dos Deputados é porque servidores e servidoras de todo o país vêm se mobilizando, já há algumas semanas, na capital federal. Desde a segunda, 18, até esta sexta, 22, três representantes da diretoria da Sedufsm integram as manifestações em Brasília e contam que a avaliação, tanto de parlamentares da oposição ao governo quanto de outras categorias e entidades do serviço público, é de que a pressão exercida pelo funcionalismo tem sido a peça-chave a garantir que Arthur Lira (PP-AL) não acumule segurança o suficiente para colocar o tema sob apreciação.
Após participarem de protestos no aeroporto da capital na terça, 19, Ascísio Pereira, Liane Weber e Teresinha Weiller visitaram gabinetes de deputados e deputadas e engrossaram os atos públicos em frente ao Congresso Nacional.
“Ontem [terça] foi bastante movimentado. Tivemos atividade das sete horas da manhã até às 10h30 no aeroporto de Brasília, onde recebemos deputados e deputadas. Depois, o ato se direcionou para o Anexo 4 do Congresso Nacional e lá permaneceu durante o dia inteiro, porque os(as) deputados(as) faziam passagens ali e aqueles e aquelas parlamentares que têm compromisso contra a PEC 32 fizeram falas. Nós, da Sedufsm, conseguimos credenciais para entrarmos no Congresso e fomos a gabinetes de deputados e deputadas”, conta Pereira. O objetivo das visitas aos gabinetes é fazer um “corpo a corpo” com os(as) políticos(as), tentando sensibilizá-los para que não cedam às pressões governistas e se posicionem contrários à PEC, que inaugura a Reforma Administrativa e, se for aprovada, representará o mais duro golpe que os serviços públicos, seus servidores e servidoras, bem como toda a população usuária, já receberam no Brasil.
“A avaliação central que se tem aqui, pelos(as) parlamentares e pelo movimento, é de que não se votou a PEC até agora devido a essa pressão dos servidores. É fundamental a continuidade das manifestações – nessa e nas próximas semanas, para que o processo não seja votado. A pressão continua e seguiremos aqui”, avalia Pereira, que é vice-presidente da Sedufsm.
“Quem vota, não volta”
Esse tem sido o grito de ordem majoritário nas manifestações do funcionalismo e dos movimentos sociais em Brasília. Com ele, os servidores e servidoras expressam sua vigilância com os votos dos(as) parlamentares.
“Esse movimento tem sido de suma importância para fazer frente à PEC, porque é aqui que se tomam as decisões. Portanto, mais do que nunca se faz necessária a presença dos servidores e servidoras das esferas federal, estadual e municipal, no sentido da defesa dos serviços públicos, que são nosso grande patrimônio e têm de serem preservados para que as gerações futuras também possam ter esperança”, pondera Teresinha Weiller.
Nesta quarta, conta a dirigente da Sedufsm, as mobilizações seguem firmes em Brasília, especialmente em frente ao Ministério da Economia. De lá, a caminhada se dirigiu até o Congresso para mobilizar e sensibilizar deputados(as) e suas bases eleitorais.
Liane Weber, também representando a Sedufsm na caravana, comenta que as atividades em Brasília têm garantido visibilidade à luta contra a PEC 32 e à Reforma Administrativa.
“Todos os deputados e deputadas com quem tivemos contato partilham do mesmo ponto de vista: estarmos mobilizados, presentes e fazendo barulho faz com que a PEC não seja votada e que os congressistas que ainda estão indecisos não cedam à pressão governista. Estamos muito contentes de representarmos a Sedufsm neste movimento”, garante Liane.
Cabe lembrar que a organização de caravanas da Sedufsm para a Jornada de Lutas contra a PEC 32 em Brasília foi uma deliberação da assembleia docente ocorrida em 28 de setembro. Na primeira semana de outubro o diretor Leonardo Botega também esteve representando a seção sindical em atos na capital.
Texto: Bruna Homrich
Imagens: Divulgação
Assessoria de Imprensa da Sedufsm