Sindicato discute enfrentamento ao assédio
Publicada em
24/10/25
Atualizada em
24/10/25 15h27m
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GT da Sedufsm se reuniu com o Comitê de Igualdade de Gênero da UFSM e apontou para a construção de protocolos específicos
Docentes que compõem o Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) se reuniram nesta quinta (23), na Casa Clóvis Guterres, com integrantes do Comitê de Igualdade de Gênero (CIG) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para discutir políticas de enfrentamento ao assédio. Entre os pontos apontados está o levantamento de resoluções em outras instituições para a construção de protocolos específicos da Universidade.
A diretora da Sedufsm, Neila Baldi, iniciou a reunião reportando ao IV Seminário Integrado do GTPCEGDS, realizado em abril, em São Paulo na qual se deliberou por assembleias para aprovar o protocolo de combate ao assédio do Andes-sn. Após aquele encontro, o GTPCEGDS local havia discutido construir uma resolução a partir de debates com a instituição, com as especificidades locais.
A diretora explicou alguns pontos do protocolo do Andes-sn, que prevê uma Comissão Permanente de Prevenção e Apuração de casos de assédio. Também explicou que outra saída encontrada por instituições é uma Ouvidoria específica – caso da Universidade Federal de Ouro Preto (MG), que tem a Ouvidoria Adjunta. A docente também citou a Ouvidora dentro da Seção Sindical da Universidade Federal do Piauí (Adufpi).
No encontro, as pessoas presentes comentaram sobre as dificuldades de denúncias que chegam atualmente à Ouvidoria da UFSM serem caracterizadas como violências de gênero e, neste caso, conforme a política específica, serem encaminhadas à Casa Verônica. “Local para acolher nós temos, mas está faltando o encaminhamento”, disse a presidente do CIG, professora Milena Freire.
A Sedufsm fará o levantamento das ações específicas em outras instituições e apresentará ao CIG em outra reunião, para a construção coletiva de uma resolução específica na UFSM, com protocolo que dê os caminhos dentro da Ouvidoria e, inclusive, indique formas de acolhimento das pessoas assediadas. A preocupação é com estudantes que sofram assédios em disciplinas e precisem continuar em sala de aula ou, por exemplo, de servidoras que continuam convivendo com a pessoa que assediou, mesmo depois da denúncia. A ideia é que a discussão seja feita também com a nova ouvidora, da gestão que vai assumir no final do ano.
Foi deliberado ainda que a Sedufsm peça assento no Grupo de Trabalho que está sendo criado dentro da UFSM para discussão de um protocolo em relação a assédio, a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) e que sejam pensadas estratégias via comitês locais a serem criados dentro da Política de Comunicação Compassiva. Também foi discutido um papel do sindicato na formação para as questões de gênero.
A diretora da Sedufsm, Belkis Bandeira, disse que no acolhimento às e aos docentes, a Sedufsm levou a cartilha de combate aos assédios. Uma proposição sugerida foi a realização de uma espécie de blitz da Sedufsm, nos centros de ensino, levando informações sobre a temática.
Edição: Fritz R. Nunes com informações de Neila Baldi
Foto: Arquivo pessoal
Assessoria de imprensa da Sedufsm
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