Para enfrentar 2017, ‘Frente’ de lutas é criada na UFSM SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 19/12/16 15h04m
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Além de avaliação das mobilizações de 2016, reunião já apontou para dois novos eventos

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Possivelmente não seja nenhum exagero dizer que a UFSM viveu, nos últimos meses de 2016, um dos períodos de maior efervescência política de sua história. Foram dias nos quais a universidade respirou mobilização, debate, ação política e resistência. E é aí que se coloca uma das grandes tarefas ainda para 2016: permitir que toda a luta alimentada durante a greve de docentes, técnicos administrativos em educação e estudantes, além das ocupações, seja canalizada e potencializada para todas as lutas que – sem dúvida alguma – 2017 exigirá. Além disso, a manutenção do debate e da mobilização se mostra essencial também por uma questão de segurança, já que, desde o fim da greve e das ocupações, não têm sido raros os relatos de perseguição àqueles e àquelas que construíram o movimento. Tudo isso – e muito mais – foi basicamente a pauta de reunião realizada na manhã dessa sexta, 16, no auditório Lói Trindade Berneira, e que marcou a fundação da “Frente Universitária em Defesa da Autonomia e Democracia na UFSM”. A Frente é uma iniciativa coletiva que pretende reunir os três segmentos e ser polo de defesa de um grande projeto de universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada – entre tantas outras bandeiras.

Baseado nisso, a reunião dessa sexta teve dois eixos centrais: avaliar o que nos trouxe até aqui e projetar os próximos passos. Dois momentos que, na verdade, se confundem em apenas uma questão, que é manter a mobilização. Por isso, para além de uma rápida avaliação das mobilizações do último período na universidade, a reunião dessa sexta já deliberou as duas primeiras atividades da Frente, sendo uma delas ainda em 2016. Na próxima quarta, dia 21, às 18h30, uma roda de conversas com mateada e intervenções pedagógicas e artísticas será realizada no gramado em frente ao Espaço Multiuso. A ideia do evento é promover um espaço de encontro e conversa, inclusive para que as experiências e realidades de dentro da UFSM sejam trocadas entre colegas que, muitas vezes, sequer se conhecem. Já para o dia 6 de janeiro de 2017, está programada uma mesa para a qual se pretende contar com uma representação de cada categoria (docentes, TAEs e estudantes) e que tem como tema “Autonomia e democracia: do projeto à perda”. O debate de janeiro também será realizado no gramado do Espaço Multiuso, às 9h. Além disso, a reunião dessa sexta definiu pela criação de uma página no Facebook, que deve ser o principal ponto de contato e troca de informações da Frente.

Projeto de universidade

Conforme a discussão dessa sexta avançava, ficava evidente o leque de preocupações do momento. A perda de autonomia é uma delas – e que não por acaso já está no próprio nome da Frente. O mais recente caso, e provavelmente o mais emblemático, trata do pedido de reintegração de posse ajuizado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e que pôs fim às ocupações sob a ameaça de caçar direitos sociais daqueles e daquelas que se negassem a atender a ordem. Além disso, o cenário nacional, com toda a crise política e a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, a iminência das reformas da previdência e trabalhista, além de projetos como a reforma do Ensino Médio (MP 746), mostram que, para além da própria UFSM e do serviço público, as coisas também não vão nada bem.

Contudo, se o momento é de incontáveis ataques, que saltam de todos os cantos, e o movimento precisa resistir a isso, é fundamental também que se avance numa discussão de fôlego e de longo prazo, que tenha como horizonte a construção de um projeto de universidade. Esse desejo esteve presente em muitas das falas na reunião dessa sexta. Segundo o debate, esse é um dos papeis fundamentais acerca das muitas lutas de 2016: reuni-las em um único projeto de educação superior – inclusive para se opor aquele que também é um projeto e que tem disputado importante espaço nas universidades públicas, a partir da lógica produtivista, com a produção cientifica financiada pelas e para as grandes empresas, entre outras coisas. Nesse cenário, segundo os presentes na reunião dessa sexta, é preciso mostrar de que lado se está e qual o papel de cada uma e cada um dentro da UFSM.

Ouvidoria contra assédio

Por fim, também foi mencionado na reunião dessa sexta a criação de uma ouvidoria para acompanhar as denúncias de assédio e perseguição dentro da UFSM. Nesse primeiro encontro ainda não foram tirados encaminhamentos para operacionalizar esse trabalho, o que deve ser feito nas próximas conversas.

Texto e fotos: Rafael Balbueno

Assessoria de imprensa da Sedufsm

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