Centrais sindicais definem nova agenda unitária de mobilização SVG: calendario Publicada em
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Ocupação de Brasília e greve geral de 48h estão entre as propostas

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A avaliação a respeito da greve geral do último dia 28 é extremamente positiva: segundo entidades de classe, 40 milhões de pessoas aderiram ao movimento, cruzaram os braços e tomaram as ruas de todo o Brasil. Contudo, nem de longe isso significa que é o momento de baixar a guarda. Pelo contrário. Reunidos na cidade de São Paulo nessa quinta-feira, dia 4, representantes das centrais sindicais não apenas referendaram a manutenção da mobilização como também a necessidade de intensifica-la. E para isso algumas ações já foram definidas.

Entre os dias 8 e 13 de maio, por exemplo, dirigentes sindicais estarão em Brasília (DF) com o objetivo de pressionar a classe política pela derrubada das contrarreformas Trabalhista e da Previdência, e pela revogação da lei da Terceirização – as três principais pautas que unificam o movimento. Além disso, as centrais estão convocam uma grande ocupação de Brasília entre os dias 15 e 19 de maio, em uma ação na qual se pretende reunir milhares de pessoas durante cinco dias de tomada da capital federal. Representada por Luiz Carlos Prates e Mauro Puerro, da Secretaria Executiva Nacional (SEN), a CSP-Conlutas acrescentou a essas a proposta de realização de uma Greve Geral de 48h ou por prazo indeterminado, caso os projetos de Temer sigam avançando – proposta que ainda será avaliada em novos encontros e conforme for a movimentação do próprio governo. Também durante a reunião foi aprovada uma carta aos bispos do Brasil e uma moção de repúdio à criminalização das mobilizações através da prisão de manifestantes e ativistas, especialmente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Por fim, o saldo da reunião foi colocado em uma nota assinada pelas centrais – e que você pode conferir ao final do texto.

Participaram da reunião CSP-Conlutas, CUT, CTB, CGTB, CSB, Intersindical, Nova Central, Força Sindical e UGT, além de representações de categorias e sindicatos que participaram da Greve Geral.

Avaliação e novas mobilizações em Santa Maria

O vice-presidente da Sedufsm, professor João Carlos Gilli Martins, vê com bons olhos as deliberações da reunião desta quinta, 4, mas ressalta a avaliação da CSP-Conlutas sobre o papel fundamental que cumpre a construção de uma nova Greve Geral. “A CSP-Conlutas está encabeçando esse movimento não só pela manutenção da mobilização, mas também pela construção de uma greve geral mais longa, de 48h. As outras centrais estão um pouco relutantes, mas nós estamos batalhando nisso, porque para nós só a greve pode barrar essas reformas. É óbvio que vamos acompanhar as outras centrais nessas atividades, mas se ficarmos apenas nas mobilizações em Brasília as coisas podem ficar um pouco diluídas”, avalia Gilli.

Além disso, o professor destaca que também aqui, em Santa Maria, está em curso a manutenção do saldo da Greve Geral e a intensificação de novas mobilizações. E um exemplo disso é o agendamento de uma reunião para a próxima quinta-feira, dia 11, às 17h, no auditório B1, anexo ao prédio 17 do Centro de Ciências Naturais e Exatas da UFSM. Para essa reunião estão convocados os três segmentos da universidade, ou melhor, os quatro segmentos, conforme ressalta o vice-presidente da Sedufsm, já que aos docentes, técnico-administrativos em educação e estudantes, devem se somar também os trabalhadores terceirizados.

CSP-Conlutas aprova resolução política

Também nessa quinta, 4, a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas se reuniu para avaliar a Greve Geral e apontar novas movimentações. A respeito do último dia 28 o parecer da reunião é positivo. Já no que toca suas perspectivas, a central aprovou uma resolução política na qual respalda as ações unificadas das centrais sindicais e defende a construção de uma nova Greve Geral, mas de 48h. Você pode ler a resolução aqui.

Confira abaixo a nota conjunta divulgada pelas centrais sindicais:

São Paulo, 04 de maio de 2017

NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS

CONTINUAR E AMPLIAR A MOBILIZAÇÃO CONTRA A RETIRADA DE DIREITOS!

As Centrais Sindicais, reunidas na tarde desta quinta feira, avaliaram a Greve Geral do dia 28 de abril como a maior mobilização da classe trabalhadora brasileira. Os trabalhadores demonstraram sua disposição em combater o desmonte da Previdência social, dos Direitos trabalhistas e das Organizações sindicais de trabalhadores. 

A forte paralisação teve adesão nas fábricas, escolas, órgãos públicos, bancos, transportes urbanos, portos e outros setores da economia e teve o apoio de entidades da sociedade civil como a CNBB, a OAB, o Ministério Público do Trabalho, associações de magistrados e advogados trabalhistas, além do enorme apoio e simpatia da população, desde as grandes capitais até pequenas cidades do interior.

As Centrais Sindicais também reafirmaram sua disposição de luta em defesa dos direitos e definiram um calendário para continuidade e ampliação das mobilizações.

CALENDÁRIO DE LUTA

08 a 12 de maio de 2017

▪ Comitiva permanente de dirigentes sindicais no Congresso Nacional para pressionar os deputados e senadores e também atividades em suas bases eleitorais para que votem contra a retirada de direitos;

▪ Atividades na base sindicais e nas ruas para continuar e aprofundar o debate com os trabalhadores e a população, sobre os efeitos negativos para a toda sociedade e para o desenvolvimento econômico e social brasileiro.

Do dia 15 ao dia 19 de maio

▪ Ocupa Brasília: conclamamos toda a sociedade brasileira, as diversas categorias de trabalhadores do campo e da cidade, os movimentos sociais e de cultura, a ocuparem Brasília para reiterar que a população brasileira é frontalmente contra a aprovação da Reforma da previdência, da Reforma Trabalhista e de toda e qualquer retirada de direitos;

▪ Marcha para Brasília: em conjunto com as organizações sindicais e sociais de todo o país, realizar uma grande manifestação em Brasília contra a retirada de direitos.

Se isso ainda não bastar, as Centrais Sindicais assumem o compromisso de organizar um movimento ainda mais forte do que foi o 28 de abril.

Por fim, as Centrais Sindicais aqui reunidas convocam todos os Sindicatos de trabalhadores do Brasil para mobilizarem suas categorias para esse calendário de lutas.

CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

CSP Conlutas – Central Sindical e Popular

CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil

CUT – Central Única dos Trabalhares

Força Sindical

Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

UGT – União Geral dos Trabalhadores

 

Texto: Rafael Balbueno com informações do ANDES-SN e da CSP-Conlutas

Foto: CSP-Conlutas

Assessoria de imprensa da Sedufsm

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