O Rio Grande e o neoliberalismo Publicada em 15/09/2015 354 Visualizações
José Ivo Sartori e seus companheiros de Direita transformaram nosso Rio Grande num grande palco de representações pirotécnicas e teatrais. Sartori vivifica um excelente ator de uma novela melodramática, pois, de forma cínica e caricata, está constantemente choramingando. Faz oito meses que esse grupo (des) governa nosso Estado. A única coisa que sabem fazer é alegar falta de dinheiro, mas no fundo, sabemos que sua cartilha neoliberal é sucatear e vender todo o patrimônio do Estado para o egoísmo capitalista.
O piadista governador projetou que retendo o salário dos servidores públicos os iriam amedrontar e com mais facilidade entregaria para o capital privado as “riquezas” que o povo rio-grandense vem produzindo através da sua construção cultural e Histórica. A direita que está encastelada no Piratini deu “um tiro no pé”. Com sua herança escravagista achavam que surrupiando o direito ao salário de todos os trabalhadores iriam transformar os servidores em seres servis ao despotismo governamental. Ocorreu o contrário; o que assistimos foram Professores, Servidores da Saúde e Policiais Civis unidos e exigindo muito mais que o direito aos seus salários, isto sim lutando por dignidade profissional para poderem prestar um serviço com qualidade social para a população.
No Centro de Educação da UFSM realizamos um evento Chamado: “Cenário Político Nacional de Saúde, Educação e Segurança Pública”. Com um Auditório lotado, representantes dos Sindicatos de todas as categorias dos servidores estaduais, federais e acadêmicos da UFSM, chegamos ao consenso que é necessário: combater a política neoliberal de precarização e desmonte das instituições públicas, exigir melhores condições de trabalho, plano de carreira, abertura de concurso público para todas as áreas e transformar a visão repressora da segurança pública numa prática profissional educativa, que pense no cidadão como alguém que precisa respeitar e aprender a conviver harmônica e colaborativamente com o outro.
Este momento de desrespeito político de um governo instituído com os trabalhadores do setor público tem nos servido, apesar da tirania, de tempo e espaço para uma reflexão sobre nossa importância social na construção solidária de políticas de Estado que vislumbre a elevação qualitativa da Educação, Saúde e Segurança Pública. A defesa do Trabalho e da Classe Trabalhadora será nossa luta política para que o poder econômico nunca sirva de justificativa para a reprodução de injustiças.
(Publicado no Diário de Santa Maria de 15 de setembro de 2015)
Sobre o(a) autor(a)
Por Luiz Carlos Nascimento da RosaProfessor aposentado do departamento de Metodologia do Ensino do CE