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Leonel Brizola: um brasileiro legalista

05/02/2016

Daniel Arruda Coronel
Professor do departamento de Economia e Relações Internacionais.

No dia 22 deste mês, o ex-governador Leonel Brizola, o qual foi declarado, em dezembro do ano passado, um herói da pátria, pela presidenta Dilma Rousseff, estaria fazendo 94 anos. Com certeza, seria fácil compreender as novas lutas e batalhas do menino pobre de Carazinho, que marcou a política e a história brasileira do século XX. Certamente estaria questionando e deblaterando contra a política econômica adotada pelo governo Dilma no seu segundo mandato, a qual relegou a educação a uma mera estratégia de marketing; estaria cobrando e questionando a auditoria da dívida, defendendo os interesses dos trabalhadores, principalmente dos mais humildes.

Contudo, se enganam os que pensam que ele estaria defendendo e dando eco às vozes reacionárias e golpistas, por mais que muitas vezes o PT não o tenha tratado com fidalguia e respeito, como merecem os homens de probidade, como era o seu caso. Provavelmente estaria nas ruas, junto aos mais humildes e necessitados, cobrando coerência, defendendo os “interesses” da nação e a escola de tempo integral, mas jamais defendendo o golpe ou as ações de cunho clientelista.

Assim foi em 1961, quando encampou a campanha da legalidade, defendendo a ordem e o respeito à Constituição, solicitando aos Generais Machado Lopes e Costa e Silva, dentre outros, o apoio para combater os setores mais conservadores e reacionários da política brasileira, os quais queriam impedir a posse de (João) Goulart. Infelizmente contou com apoio apenas do primeiro, pois o segundo já estava orquestrando e planejando o golpe, o qual viria a acontecer em 1964, e este iria ocupar a presidência da república de 1967 a 1969, deixando como legado o AI-5, que, em muitos aspectos, lembra as práticas e as ações da Gestapo Nazista.

Enfim, mesmo passados doze anos após a sua partida, Brizola continua despertando paixões e ódios, mas, inegavelmente, foi um nacional-desenvolvimentista, um patriota que, até seus últimos minutos, defendeu a soberania do povo brasileiro e também a educação e a cultura como as únicas formas de um país ser plenamente livre e soberano. Os exemplos que deixou prevalecem até hoje, tais como os CIEPs, o sambódromo no RJ e a Universidade Estadual do Norte Fluminense, dentre outras ações. Com certeza, em tempos de descrédito, de Lava Jato, Petrolão e desgosto com a política, seus pronunciamentos e posicionamentos nacionalistas fazem falta.

(Publicado no Diário de Santa Maria de 23 de janeiro de 2016)




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