Greve Geral desta sexta (14) terá paralisações por todo o país SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 12/06/19 17h25m
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Diversos setores aderiram às manifestações contra a Reforma da Previdência

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Em diversas cidades, cartazes estão sendo colados para divulgar a greve desta sexta-feira

Nesta sexta-feira (14), o Brasil vai parar. Trabalhadores de diversos setores se somarão à Greve Geral contra a Reforma da Previdência, em defesa da educação e por empregos. Segmentos do setor dos transportes, servidores públicos, profissionais da educação, metalúrgicos, bancários, operários da construção civil, petroleiros, comerciários irão integrar esse dia de luta contra os ataques do governo Jair Bolsonaro aos direitos previdenciários, ao emprego e aos cortes na Educação.

As Centrais Sindicais, sindicatos, setores que organizam a classe trabalhadora no campo, nas ocupações, nas periferias indicam que esta será uma greve forte. Cartazes nas ruas e outdoors foram espalhados pelas cidades, panfletos estão sendo distribuídos e assembleias de trabalhadores estão construindo essa importante paralisação pela base.

O governo Bolsonaro tem se desgastado e perdido popularidade nos últimos meses. O país caminha em direção a uma forte recessão sob um PIB (Produto Interno Bruto) que cai pela 15ª vez consecutivamente. O desemprego ultrapassa os 13 milhões de pessoas e se aproxima de 60 milhões, se incluirmos o trabalho informal. Além disso, a semana tem início com escândalos que envolvem integrantes do governo, como o Ministro da Justiça Sérgio Moro. A situação alimenta a insatisfação do povo brasileiro e tem tudo para ser combustível para uma forte Greve Geral.

A CSP - Conlutas é parte atuante da realização do dia 14 de junho com as outras Centrais Sindicais e suas bases estão preparadas para esse dia. Neste sentido, a Central fez um levantamento das bases que irão aderir à Greve Geral, com atualização permanente até a data.

Paralisação no transporte

Em todo o Brasil, as confederações, federações e sindicatos do setor dos transportes decidiram que os trabalhadores vão aderir à data. Ferroviários, portuários, setores aéreo e marítimo, metroviários, motoristas de ônibus, moto, frete, táxis, de carga em geral e de aplicativos se comprometeram com a paralisação das atividades no dia 14. A decisão nacional foi aprovada em plenária em Brasília no último dia 5 de junho, indicando paralisação de norte a sul do país.A Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários) já anunciou que em São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Recife não haverá metrô.

Plenárias estaduais têm acontecido no setor, como a que aconteceu na manhã da última segunda-feira (10), em São Paulo, que reuniu todos os setores dos transportes e deliberou que não haverá circulação de transportes sexta-feira. No Distrito Federal, e em Recife (PE), metroviários, rodoviários e ferroviários, assim como em Fortaleza (CE), já aprovaram paralisação. Esse quadro se repete em outras regiões.

Os condutores de ônibus também vão parar neste dia em Campinas (SP) e na capital paulista, entre outras diversas regiões.

Fábricas paradas

Os metalúrgicos já aprovaram a adesão à greve. Haverá paralisações em fábricas de São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, Igaratá, Santa Branca, Taubaté e Pindamonhangaba. Assim como metalúrgicos ABC paulista e de São Paulo, do Paraná, cidades no Rio Grande do Sul, entre outros. 

Bancos fechados 

Na categoria bancária, a orientação é para parar de norte a sul. Os bancários do Banco do Brasil já aprovaram paralisação nacional durante encontro nacional do setor. Os bancários do Rio Grande do Norte, Maranhão, Ceará também vão parar. Em São Paulo, nesta terça-feira (11), haverá assembleia para organizar a Greve Geral do dia 14.

Serviços públicos, universidades e escolas não vão funcionar

Os servidores dos Institutos Federais, organizados pelo Sinasefe, sindicato filiado à CSP-Conlutas, vão se somar à greve.

Servidores do Judiciário Federal de 14 estados já aprovaram a participação na Greve Geral. Entre os estados que vão aderir estão Maranhão, Paraíba, Bahia, São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Com isso, a maioria das universidades federais votou greves entre os trabalhadores técnico-administrativos. Quase todos os sindicatos estão participando dos fóruns ou comitês locais. Nas universidades têm sido construídas ações unitárias incorporando os docentes e os estudantes aos técnico-administrativos. Servidores organizados pela Fasubra, Andes-SN também vão participar deste dia de luta. Assembleias para aprovar a decisão estão acontecendo em todas as universidades do país. 

Pelo país, cerca de 4,5 milhões de trabalhadores e trabalhadoras da educação pública estaduais e municipais de base devem parar no dia 14 de junho na Greve Geral, de acordo com a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). 

Trabalhadores dos Correios se somam à luta

Atendendo ao chamado da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) essa categoria também irá aderir ao dia 14.

Nas periferias, ocupações e no campo

Os movimentos que organizam as ocupações urbanas e rurais também vão fortalecer esse dia com ações pelo país. Desde já, realizam assembleias nesses locais para que os trabalhadores atuem para fortalecer a Greve Geral de sexta-feira.

Atos contra a Reforma da Previdência

Além das paralisações, o dia da Greve Geral também contará com atos em diversas cidades do país.
Em Santa Maria, o ato da Greve Geral terá concentração às 16h, na praça Saldanha Marinho.

Nas capitais de outros estados, a agenda dos atos é a seguinte:

Rio de Janeiro (RJ) – Concentração às 15h na Candelária, com caminhada para Central;

Natal (RN) – Ato contra a Reforma da Previdência às 14h, na Avenida Salgado Filho;

Belo Horizonte (MG) – Concentração às 14h, na Praça Sete;

São Luís (MA) – Às 13h, na Praça Deodoro;

Teresina (PI) – Ato unificado às 8h, no INSS;

Vitória (ES) – Concentração às 13h, em frente à Findes, na Avenida Reta da Penha, em Vitória.
 

Fonte e foto: ANDES-SN

Edição: Lucas Reinehr (estagiário de Jornalismo)

Edição: Fritz Rivail

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

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