Santa Maria no mapa da Greve Geral: ato lota ruas da cidade
                
                     Publicada em
                                            15/06/19
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                                                     Atualizada em
                            01/07/19 17h20m
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            Manifestação ocorreu no final da tarde desta sexta, 14, em contrariedade à Reforma da Previdência e aos cortes na Educação
 
                                    Um dia antes da visita do presidente Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, a cidade de Santa Maria mandou um recado bem alto e didático: não aceitará o desmantelamento da Previdência, da Educação ou de quaisquer serviços públicos. A última sexta-feira, 14, dia da Greve Geral convocada nacionalmente pelas centrais sindicais, iniciou cedo e terminou tarde: logo pela manhã, piquetes nas garagens de ônibus e na entrada da UFSM; ao final da tarde, um ato que, tendo se concentrado na praça Saldanha Marinho, percorreu algumas ruas centrais da cidade.

Batucadas, faixas, cartazes e gritos de ordem tomaram conta da manifestação que, por onde passava, conquistava o apoio da população. João Gilli Martins, vice-presidente da Sedufsm, lembrou, durante o ato, que a Reforma da Previdência ou os sucessivos e profundos cortes na Educação não são elementos isolados, mas aspectos de um projeto amplo que visa a reconduzir o Brasil à condição de colônia, tornando-o dependente de ciência e tecnologia dos países imperialistas. Se somados o projeto de Reforma da Previdência com a Reforma Trabalhista, aprovada ainda no governo de Michel Temer, Gilli acredita que vem se impondo, à classe trabalhadora, uma nova forma de escravidão.
Em todo o país, desde as primeiras horas desta sexta, trabalhadores/as e estudantes realizaram paralisações, piquetes e atos de rua, numa demonstração de que a disposição de luta da classe trabalhadora está longe de acabar.
Frederico Westphalen

Mais de 300 pessoas participaram de um ato nesta sexta, 14, em Frederico Westphalen. Conforme informações da Agência da Hora, 16 entidades e cerca de 7 municípios estavam representados na manifestação, que reuniu estudantes, professores, técnico-administrativos em educação e diversas outras categorias em contrariedade à reforma da previdência e a favor da educação e demais serviços públicos.
Cachoeira do Sul

Em Cachoeira do Sul também ocorreu manifestação contra o desmonte da Previdência e em favor da Educação.
País afora
Em todo o território nacional, cerca de 300 cidades registraram protestos. De acordo com boletim divulgado pelas centrais, das 27 capitais, 19 tiveram o sistema de transporte paralisado. Nas oito capitais foram registrados bloqueios em estradas e paralisações parciais.
Em meio a mobilizações pacíficas, foram registrados casos de violência e repressão de forma isolada. O presidente da seção sindical SINDOIF, André Martins, foi detido junto com outros 52 militantes em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Em São Paulo, estudantes e professores foram atacados pela Polícia Militar nos arredores da Universidade de São Paulo (USP).
Já em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, estudantes e professores, incluindo a professora Marinalva Oliveira, militante e ex-presidente do ANDES-SN, foram atropelados por um carro que atravessou o bloqueio da via.
O Sindicato Nacional do Docentes de Instituições de Ensino Superior divulgou nota repudiando as violentas ações sofridas durante a Greve Geral.
Texto: Bruna Homrich, com informações de Agência da Hora e ANDES-SN
Fotos: Bruna Homrich e Simone Philipsen
Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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