Pesquisadores da UFSM desenvolvem aplicativo para auxiliar na vacinação
Publicada em
16/07/21
Atualizada em
16/07/21 18h44m
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“Vacina SM” foi utilizado pela primeira vez na última quarta, 14, contabilizando mais de mil registros em um dia

O “Vacina SM”, aplicativo desenvolvido por estudantes e servidores da UFSM, é mais um motivo para se ter orgulho da instituição. Em elaboração deste março, a ferramenta passou a ser utilizada em larga escala nesta última semana em Santa Maria, e, segundo divulgado no site da universidade, já tem dado resultados positivos. O objetivo principal é auxiliar no processo de vacinação, conferindo mais agilidade ao trabalho dos vacinadores e vacinadoras.
A professora do Departamento de Linguagens e Sistemas de Computação do Centro de Tecnologia (CT), Andrea Schwertner Charão, integrante do grupo de pesquisadores responsável pelo aplicativo, explica que o Vacina SM é resultado de uma iniciativa mediada pela Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec) da UFSM. Em março, um grupo de professores e empresários santa-marienses, entre eles representantes da Drakkar e do Grupo Voalle, reuniu-se para discutir ideias visando dar um impulso tecnológico ao processo de vacinação no município.
Durante a elaboração do aplicativo, os pesquisadores reuniram-se com o vice-prefeito, Rodrigo Decimo, e com a equipe da Secretaria de Saúde, a fim de entender quais seriam as possibilidades de cooperação. “Identificamos alguns gargalos, entre eles a coleta e o envio de dados ao Ministério da Saúde. Por parte da UFSM, atuamos inicialmente desenvolvendo uma solução rápida para automatizar o envio de planilhas, que eram digitadas na Secretaria a partir dos dados coletados em papel, mas propusemos também outras soluções visando abordar os problemas ‘pela raiz’. O aplicativo é uma dessas soluções, visando agilizar os registros nos locais de vacinação”, relata Andrea.
Utilização
O Vacina SM é utilizado na etapa de cadastro, durante as ações de vacinação. Os operadores digitam CPF, nome e data de nascimento da pessoa que está sendo vacinada e, ao final, coletam a assinatura do cidadão diretamente na tela do smartphone.
Os dados são validados e armazenados no dispositivo, sendo, posteriormente, transferidos para um armazenamento em nuvem – o que pode ocorrer mais tarde, pois o aplicativo também funciona offline. Ao término da ação de vacinação, após verificações, os dados são enviados ao Ministério da Saúde.
Segundo Andrea, a grande vantagem está na coleta dos dados em formato digital desde o início do processo, possibilitando validações e evitando um tempo considerável de digitação após o término de cada ação. “Também destaco como vantagem a mudança de paradigma, alinhando o processo a tecnologias modernas”, ressalta.
Mais de mil registros só na data de início
O aplicativo já havia sido testado em ações menores, com até 100 registros, mas na última quarta-feira, 14, ocorreu o primeiro uso em uma ação de maior escala. Os registros via aplicativo somaram mais de mil doses aplicadas, que foram enviadas ao Ministério da Saúde em menos de 24 horas, muito antes do prazo fixado. “Isso, somado ao feedback positivo que constantemente recebemos da Secretaria de Saúde, nos fazem acreditar que a solução contribui significativamente para a melhoria do processo”, avalia Andrea. Ainda estão previstos diversos ajustes, tanto para melhorar a experiência dos usuários como para interligar a solução com outros sistemas.
A elaboração do app foi marcada, desde o início, pela iniciativa da UFSM e pelo conhecimento gerado na Instituição. O processo baseou-se em experiências anteriores e seguiu uma metodologia ágil, focada na construção de um “produto mínimo viável” que pudesse ser testado e implantado rapidamente.
“Tivemos que buscar soluções arrojadas para atender aos requisitos mínimos do problema, considerando os recursos disponíveis. Todo o software foi construído sobre plataformas em nuvem gratuitas e está recebendo incrementos frequentes”, destaca a professora. Na equipe, estão envolvidos os cursos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação. Servidores como Felipe Marin, egresso do curso de Sistemas de Informação, têm colaborado voluntariamente no desenvolvimento do aplicativo.
“Considero que a UFSM, assim como outras instituições, tem dado exemplo de que sinergias são grandes alavancas para o progresso, e isso se torna ainda mais importante no momento crítico que vivemos. Temos um capital humano muito rico e diverso, capaz de operar transformações à sua volta, e é exatamente isso que a UFSM tem feito em suas contribuições”, conclui Andrea.
Campanha da Sedufsm
Desde a última semana, a Sedufsm colocou na rua a campanha “Orgulho de ser UFSM”, composta por vídeos de diversas pessoas – dentre docentes, técnicos, estudantes, egressos ou membros das comunidades nas quais a universidade possui campi. Nos materiais, cada participante elenca motivos pelos quais, a despeito de falas infelizes de parlamentares como Luis Carlos Heinze, a instituição cumpre um papel inquestionável no desenvolvimento social, econômico, político e cultural das cidades em que está inserida.
Todos(as) podem participar da campanha “Orgulho de ser UFSM”. Basta enviarem um vídeo de até um minuto para o WhatsApp (55-99358017) ou para o email da Sedufsm (sedufsm@terra.com.br). No vídeo, que circulará nas redes sociais do sindicato, podendo ser compartilhado, é importante que a pessoa se apresente e diga porque tem orgulho da UFSM. Você pode ser docente, estudante, técnico-administrativo em educação, egresso ou um membro das comunidades onde a UFSM atua. Confira mais detalhes aqui.
Veja, nas nossas redes sociais (Facebook e Instagram) os vídeos até então divulgados.
Fonte: Agência de Notícias da UFSM
Foto: Divulgação/UFSM
Edição: Bruna Homrich/Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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