Desde o golpe de 2016, Brasil vive falta de legitimidade internacional SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 02/09/21 14h22m
SVG: views 587 Visualizações

Bruno Hendler, docente do departamento de Relações Internacionais da UFSM, analisa as reviravoltas da política brasileira

Alt da imagem

Com Temer, que assumiu logo após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, o Brasil já começou a ver sua legitimidade internacional ser fragilizada. A partir da chegada de Bolsonaro e de seu alinhamento deliberado a países governados por grupos da extrema-direita – hoje, em sua maioria, já depostos pelo voto popular -, nossa imagem internacional entrou num movimento de declínio acelerado. Expressão disso seria o isolamento reservado ao Brasil no consórcio para a compra da vacina Covaxin, no qual o país ingressou com uma parcela bastante pequena.

Essa foi parte da análise trazida pelo docente do departamento de Relações Internacionais da UFSM, Bruno Hendler, na 39ª edição do ‘Ponto de Pauta’, programa de entrevistas da Sedufsm. Ao abordar alguns episódios das disputas políticas que marcam a atualidade, a exemplo da derrota da PEC do voto impresso e do papel das Forças Armadas para o fortalecimento ou penalização da democracia, o docente também projeta algumas perspectivas para o cenário eleitoral de 2022 – sem, contudo, apresentar qualquer análise fechada, já que seria ousar demais em se tratando do Brasil recente.

O papel dos militares

Num passado bastante recente, especialmente nos governos de Lula e Dilma, as Forças Armadas brasileiras cumprirem tarefas fundamentais, como assumir parte nas negociações com as FARC na Colômbia ou mesmo liderar a missão de paz da ONU no Haiti. “Os militares tiveram um papel importante na história recente do Brasil, mas atuando como militares. Qualquer país que busque algum respaldo internacional precisa ter Forças Armadas. Então a crítica que temos de fazer não é à existência delas, mas é a partir do momento em que elas saem dos quartéis para exercer outras funções”, explica Hendler.

Ocorre que, com Bolsonaro, passou a ocorrer um desembarque massivo dos militares no Executivo, pondera o docente, lembrando que, diferentemente dos Estados Unidos, onde o chefe das Forças Armadas negou alinhamento político com Donald Trump, no Brasil o alinhamento entre exército e presidente tem sido praticamente automático. “Há dissidências, e a principal é o general Santos Cruz, que tem sido escanteado por falar que os militares devem permanecer no quadrado deles”, comenta.

Eleições 2022

Embora seja difícil fazer um exercício de adivinhação, tendo em vista as reviravoltas e ‘viradas de mesa’ que marcam a política brasileira, Hendler acredita que, ao contrário da grande maioria dos ex-presidentes brasileiros, Bolsonaro não alcança a reeleição em 2022. E muito disso se deve, na análise do docente, ao fato de o governo ter se agarrado até o último momento ao negacionismo, à secundarização da vacina e à sinalização da cloroquina como solução para o fim da pandemia.

“O fracasso em lidar com a pandemia, aliado ao fracasso da retomada econômica do Brasil e à CPI da Covid, que tem desidratado a popularidade de Bolsonaro, indicam que ele não ganha uma eleição em 2022. O problema é se ele vai buscar outra alternativa para inviabilizar a transição democrática”, pondera Hendler.

Acompanhe a íntegra da entrevista abaixo ou em nosso canal do Youtube:

Texto e print: Bruna Homrich

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

SVG: camera Galeria de fotos na notícia

Carregando...

SVG: jornal Notícias Relacionadas

Plano de saúde: docentes que aderirem em janeiro não precisam cumprir carência

SVG: calendario 03/01/2025
SVG: tag Sedufsm
Período de adesão à Unimed sem cumprimento de carência vai até o próximo dia 24 de janeiro

Sedufsm ressalta importância da implementação do acordo de greve, mas critica que tenha sido feita por MP

SVG: calendario 02/01/2025
SVG: tag Sedufsm
Governo Federal divulgou a Medida Provisória nº 1.286 com reajustes e mudanças na carreira somente no último dia de 2024

Conselho Universitário atende solicitação da Sedufsm e minuta da progressão docente é retirada de pauta

SVG: calendario 20/12/2024
SVG: tag Sedufsm
Vitória da democracia na UFSM, ressalta presidente da Seção Sindical, que também é membro do Consu

Veja todas as notícias