13º Conad apontou importância de barrar PEC 32 e os cortes de recursos SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 18/10/21 16h03m
SVG: views 565 Visualizações

Evento do ANDES-SN iniciou na sexta, 15 de outubro, e encerrou no sábado, 16 de outubro

Alt da imagem
Plenária da tarde de sábado, no 13] Conad extraordinário

Ainda na tarde de sexta, 15 de outubro, durante as plenárias do 13º Conad extraordinário do ANDES-SN, ocorrido de forma virtual, os (as) participantes reforçaram a necessidade de unidade entre docentes e demais categorias para barrar a reforma administrativa (PEC 32).

Parte integrante dessa luta é também barrar os ataques à educação pública e à ciência e tecnologia, viabilizado através de sucessivos cortes de recursos, entre outras ações do governo Bolsonaro. No entendimento de delegados (as) e observadores (as) do Conad, é imprescindível derrubar Jair Bolsonaro e sua política genocida no país.

Para discutir a conjuntura mundial e nacional e os impactos para a classe trabalhadora brasileira, foram apresentados sete textos de apoio, de autoria da diretoria nacional e de docentes sindicalizadas e sindicalizados.

Antes de iniciar a plenária da tarde de sexta, a presidenta da mesa, Zuleide Queiroz, 2ª vice-presidenta do ANDES-SN, prestou homenagem a todas e todos docentes, familiares e amigos (as) que tombaram vítimas da pandemia de Covid-19. Foi apresentado também um vídeo da campanha do Sindicato Nacional “Eu defendo a Educação Pública”, com a música “Além do Beabá”.

Na sequência, Zuleide Queiroz citou a jornalista e primeira mulher eleita e deputada negra do país, Antonieta de Barros, responsável pela definição do 15 de outubro como dia das professoras e dos professores. “Educar é ensinar os outros a viver", disse.

Durante os debates, cerca de 40 inscrições foram feitas entre as e os participantes, para que esses (as) pudessem expressar suas reflexões sobre a conjuntura e o papel do sindicato nacional.

A crise mundial do Capital, aprofundada no Brasil pela política de extrema direita e ultraliberal do governo federal, foi apontada um dos motivos da carestia, do aumento da inflação e dos preços de itens básicos de consumo, do aprofundamento da fome, da miséria e do desemprego que assolam a população brasileira. Algumas falas lembraram que a parcela mais afetada por essa conjuntura é a população negra, em especial as mulheres, que junto com os povos originários, quilombolas e população LGBTQIA+ têm sido alvos da política de extermínio do governo federal.

Questão ambiental

Foi ressaltada também a importância de o sindicato nacional olhar para a questão ambiental e seu impacto mundial e, em especial, para as populações tradicionais. A luta dos povos indígenas em defesa de seus territórios e contra o Marco Temporal, que conta com o apoio do ANDES-SN, também foi lembrada.

Várias falas destacaram a importância da unidade construída na Campanha Fora Bolsonaro e também no Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e o Fórum das Centrais na luta contra a reforma Administrativa. A pressão exercida junto a parlamentares pela Jornada de Lutas em Brasília, organizada pelas entidades e com forte participação do ANDES-SN e das seções sindicais, entrará na sua quinta semana e tem sido fundamental para impedir o avanço da tramitação da PEC 32. Nesse sentido, as e os participantes apontaram ser fundamental reforçar a mobilização unificada, pois barrar a PEC 32 representará uma grande derrota ao governo Bolsonaro.



Carreira docente

Outras questões presentes em várias manifestações foram a defesa da carreira docente, da autonomia universitária e a necessidade de ampliar a luta pela recomposição do orçamento da educação e da ciência e tecnologia. Além disso, foi reforçada a importância de ampliar o debate na base da categoria docente sobre as condições necessárias para o retorno seguro às atividades presenciais, a possibilidade de uma greve sanitária caso as condições não sejam atendidas e ainda a realização de uma greve geral, caso a PEC 32 avance no Congresso Nacional. O apoio do ANDES-SN à paralisação convocada pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) prevista para quarta-feira (20) também foi reafirmado.

Avaliação

“Hoje nós passamos uma tarde muito longa de reflexão sobre os acontecimentos internacionais e nacionais, que interferem diretamente na nossa luta em defesa da escola pública. É importante dizer que o debate da tarde centralizou muito na compreensão da política internacional e de agravamento das desigualdades no mundo. Um exemplo disso é a vacinação no continente africano, que ainda não chega a 20% da população, o que mostra as desigualdades no direito de ter comida no prato e vacina no braço. O nosso debate trouxe também uma discussão sobre a situação vivida pela América Latina, onde hoje 70% dos postos de trabalho são informais. E concluímos que há um avanço do Capital e um aumento da taxa de lucros imposta pelo capitalismo desenfreado e capitaneado pelos Estados Unidos”, afirmou Zuleide Queiroz.

A 2ª vice-presidenta do ANDES-SN ressaltou ainda o cenário de empobrecimento da população no Brasil em contraste com o aumento da riqueza de poucos, enquanto o país já contabiliza mais de 600 mil mortos pela covid-19. “Esse balanço também tem uma interferência direta nos serviços públicos. O corte de verba em ciência e tecnologia anunciado essa semana atualiza a nossa conjuntura, junto com a denúncia das intervenções nas universidades e institutos federais”, ressaltou.

A presidenta da plenária do tema I destacou ainda a pressão para o retorno às aulas presenciais e os riscos sanitários de que isso ocorra sem as condições adequadas. Ela lembrou também que os cortes orçamentários na Educação impactam diretamente a parcela mais pobre dos e das estudantes e a condição de acesso e permanência, em especial de estudantes negras e negros, LGBTs, quilombolas e indígenas.

“A nossa luta se pauta na defesa intransigente da educação pública gratuita, de qualidade, socialmente referenciada e na defesa do SUS, que tem salvado as nossas vidas, As falas foram muito unânimes em dizer que precisamos sim derrubar o governo de Bolsonaro, Mourão e Paulo Guedes. E isso significa intensificar a luta que estamos travando nesses últimos meses pela derrubada da PEC 32. Continuaremos o plantão aqui em Brasília e nos estados. Iremos intensificar a campanha Fora Bolsonaro, continuando ainda com a nossa acertada com o grande lema ‘Comida no prato e vacina no braço’”, afirmou.

Números do evento

O 13º Conad Extraordinário teve a participação de 233 docentes, sendo 70 delegados e delegadas, 121 observadores e observadoras - representantes de 78 seções sindicais do ANDES-SN -, 11 convidados e convidadas e 31 diretores e diretoras.

Nesta terça, 19, destacaremos os encaminhamentos do Conad, que teve a participação, como delegada, da professora Márcia Morschbacher (delegada) e do professor João Carlos Gilli Martins (observador).

Confira aqui a íntegra da nota sobre a plenária da tarde de sexta.


Fonte e imagem: ANDES-SN
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

 

SVG: camera Galeria de fotos na notícia

Carregando...

SVG: jornal Notícias Relacionadas

Congresso presencial do ANDES-SN será em março de 2022, em Porto Alegre

SVG: calendario 19/10/2021
SVG: tag 13º Conad extraordinário
Deliberação foi tomada durante o 13º Conad extraordinário do Sindicato, no último sábado, 16

Plenária de abertura do 13º Conad teve mais de 200 participantes

SVG: calendario 15/10/2021
SVG: tag 13º Conad extraordinário
Presidenta do ANDES-SN ressaltou papel do sindicato na luta pela dignidade da carreira docente

13º Conad extraordinário do ANDES-SN ocorre nesta sexta e sábado

SVG: calendario 14/10/2021
SVG: tag 13º Conad extraordinário
Temas em debate abordarão ‘Conjuntura’ e congresso presencial em 2022

Veja todas as notícias