Sedufsm participa da semana de pressão total contra a PEC 32
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Atualizada em
27/10/21 16h13m
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Docentes da UFSM estão em Brasília nas atividades contra aprovação da reforma administrativa
Quem chegou a Brasília entre segunda e terça-feira (25 e 26 de outubro) pode presenciar a recepção que foi feita no aeroporto que incluiu notas falsas de duzentos reais em malas, conduzidas por uma imagem de papelão em tamanho real do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e sucos de laranja, entregue às e aos parlamentares. A vigília continua durante toda a semana em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados, com faixas, bandeiras, música e falas de protesto, além de intervenções artísticas. O objetivo de toda essa mobilização é barrar a PEC 32 (Proposta de Reforma Administrativa).
A Sedufsm está representada entre os que estão fazendo plantão na capital federal. A caravana desta semana é formada pela secretária-geral da seção sindical, professora Márcia Morschbacher, e pelo professor do departamento de História da UFSM, Júlio Quevedo dos Santos. Essa é a terceira semana em que o sindicato envia representação, seguindo orientação tomada em assembleia.
Segundo a diretora da Sedufsm, o clima em Brasília nesta semana é de “manter a mobilização e a pressão sobre os/as deputados/as em Brasília para votarem contra a PEC 32. O objetivo também é de intensificar as atividades de mobilização nos estados e municípios”.
Márcia explica que existem duas frentes consideradas fundamentais para garantir a derrota da PEC, que, caso confirmada, será um duro golpe no governo Bolsonaro. “Não por acaso, as principais palavras de ordem nas atividades da caravana não o ‘Se votar não volta’, em alusão aos/às deputados/as que votarem a favor da PEC 32, e o ‘Fora Bolsonaro’, proponente da PEC e responsável direto pela situação dramática do país”, diz ela.
A dirigente acrescenta ainda que a semana é emblemática na luta contra a PEC 32 “por se tratar da semana dos/as servidores/as públicos/as, categoria que é o foco dos ataques da reforma administrativa”. Conforme Márcia, em meio à tentativa de Paulo Guedes (ministro da Economia) de manipular a opinião pública ao afirmar que a aprovação da PEC 32 garantiria a fonte de recursos para o Programa Auxílio Brasil, os/as servidores/as estão mobilizados/as em Brasília e nas suas cidades para, na semana do servidor/a público, resistir à reforma e garantir que a Câmara rejeite a PEC.
Organização e efeitos
Também em Brasília, o professor Julio Quevedo ressalta que “as atividades contra a PEC 32 e em defesa dos serviços públicos estão muito bem organizadas”. Para além de servidores públicos municipais, estaduais e federais, estão aqui em Brasília estudantes, lideranças e militantes de movimentos sociais do campo e da cidade. Todas, todos e todxs defendendo a necessidade dos serviços públicos de qualidade, gratuito e socialmente referenciados”.
Quevedo lembra que “alguns parlamentares têm participado dos atos prestando contas de suas táticas para barrar a PEC 32 no Congresso”. Para ele, isso significa um “movimento com representantes de todos os estados da federação que estão pressionando as e os deputadas/os, ou seja, estamos firmando o compromisso de que, quem votar pela destruição dos serviços públicos será denunciada/do durantes as próximas campanhas eleitorais”.
Edmilson Aparecido da Silva, 1º vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, em depoimento ao portal do ANDES-SN, avaliou que “temos informações de que as nossas ações têm surtido efeito e a ideia é que mantenhamos essa mobilização em Brasília, em cada capital e em cada município, mostrando para a população os malefícios dessa reforma, que se traduz como a destruição dos serviços públicos, e mostrando para os deputados e as deputadas que, aqueles que votarem nessa PEC, não terão sossego e não voltarão em 2023”.
Texto: Fritz R. Nunes com informações e imagens do ANDES-SN e Arquivo Pessoal
Assessoria de imprensa da Sedufsm